Sartori vai retomar viagens ao interior para apresentar dados da crise financeira do RS

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sertori-17541903-porthus-juniorA Caravana da Transparência será retomada ainda em 2016 pelo Governo do Estado. Assim como no ano passado, grupo de secretários – e até o governador José Ivo Sartori – irão percorrer o Rio Grande do Sul para apresentar os dados financeiros do Executivo. O objetivo é mostrar que o Piratini ainda está emcrise, mas também destacar os resultados positivos dos decretos de contingência em vigor desde o início da legislatura.

Um grupo de trabalho formado pelos secretários de Comunicação, da Fazenda e do Planejamento foi formado para agilizar a ação. Em 2015, a Caravana da Transparência fez nove viagens ao interior, apresentando o quadro que viria a se agravar no ano seguinte com parcelamento mensal de salários. Na época, a Rádio Gaúcha apresentou reportagem mostrando que as viagens custaram cerca de R$ 30 mil aos cofres públicos.

PPCI e Previdência

O assunto foi discutido durante reunião com o secretariado nesta segunda-feira (19). O governador José Ivo Sartori também solicitou agilidade para a sanção do projeto que flexibiliza a Lei Kiss, já aprovado pela Assembleia Legislativa. No encontro, também foi discutida a ação do Piratini contra a decisão liminar que suspendeu a Previdência Complementar, que entrou em vigor para novos servidores estaduais em 19 de agosto, para trabalhadores do Judiciário. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que trabalha no documento, aguarda ser notificada para ingressar com o recurso.

Caravana da Transparência custou R$ 30 mil ao governo do Estado

Foram colhidos, durante os encontros, subsídios para elaboração do Plano Plurianual

As reuniões realizadas pelo governo do Rio Grande do Sul entre março e abril de 2015 para explicar a situação financeira do Estado custaram R$ 30.825,50. O maior gasto foi com deslocamento: R$ 16.566,34. Foram utilizados vans, carros oficiais da Casa Militar e aeronave.

Com diárias, o valor foi de R$ 14.259,16. No total, 55 servidores que receberam diárias, entre eles, assessores, cerimonialistas, motoristas, secretários, diretores, jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e técnicos.

Os números foram obtidos pela reportagem da Gaúcha por meio da Lei de Acesso à Informação. Conforme resposta do governo, não houve gasto com locação de espaço para os encontros nas nove cidades por onde a caravana passou. Os locais foram todos cedidos. Não houve também custos com publicidade.

Conforme o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Cristiano Tatsch, a caravana teve como objetivo principal a elaboração do Plano Plurianual, uma exigência legal.

“Todos os governos realizam reuniões para colher subsídios para elaborar o plano”, destacou, acrescentando que o documento será enviado à Assembleia Legislativa até 1º de agosto.

Os encontros ocorreram entre 30 de março e 16 de abril nos municípios de Passo Fundo, Ijuí, Santa Maria, Novo Hamburgo, Osório, Alegrete, Pelotas, Lajeado e Caxias do Sul.