Servidores da Segurança Pública querem consulta sobre impeachment de Sartori

piratiniPoliciais civis e militares querem audiência com a presidência da Assembleia para saber da viabilidade de impeachment

Representantes de diferentes categorias da Segurança Pública decidiram solicitar uma agenda com a presidente da Assembleia Legislativa, Silvana Covatti, do PP, para consultar a viabilidade da abertura de um processo de impeachment contra o governador José Ivo Sartori. A medida é decorrente do sétimo parcelamento consecutivo e o nono da gestão Sartori. A leitura é de que o governador está cometendo um crime de responsabilidade ao atrasar salários e desrespeitar decisões judiciais que determinam o pagamento dos servidores do Executivo em dia.

O alerta dos sindicalistas é de que o próprio presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Felipe Difini, durante entrevista à Rádio Guaíba, afirmou que Sartori estaria agindo de forma irregular. Segundo Difini, atrasar salários e desrespeitar decisões judiciais são práticas mais graves do que as pedaladas fiscais que tiraram Dilma Rousseff, do PT, definitivamente do poder.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar se respalda nas declarações do presidente do TJ. Leonel Lucas entende que a fala da maior autoridade da Corte gaúcha deve ser levada em consideração. “Se o presidente do Tribunal de Justiça está garantindo que o governador comete um crime que pode resultar em impeachment, nós queremos saber qual a posição da Assembleia Legislativa. Os deputados vão calar diante desta interpretação do presidente do Tribunal de Justiça?”, questionou.

Já o presidente da Ugeirm Sindicato, que representa a Polícia Civil, também defende o impeachment do governador perante uma situação que está insustentável. Isaac Ortiz revela que é impossível conviver com um salário parcelado e com um primeiro depósito de R$ 800,00. “O governador está cometendo uma ilegalidade e é impossível viver assim. José Ivo Sartori é o governador que mais desrespeita a lei e queremos esta agenda sim na Assembleia Legislativa para que os deputados tomem providências sobre este crime de responsabilidade”, declarou.

Fonte:Voltaire Porto/Rádio Guaíba