Morte do sargento Desidério provoca consternação e luto na BM

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dscn3647A notícia da morte do colega para muitos ainda não foi assimilada. Muito consternados e emocionados, alguns policiais de Alegrete que o conheceram e tiveram a honra, assim disseram, de trabalhar ao lado do 3° sargento, João Marcelo Borges Desidério, morto em confronto com criminosos nesta madrugada, descreveram um homem de fibra, que tinha orgulho de ser policial e trazia no sangue a bravura de um militar.

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Mesmo sabendo que estão expostos a riscos e sempre na iminência de uma fatalidade, o colega Sargento Miller emocionado diz que a ficha ainda não havia caído. “Sempre que morre um colega todos nós sentimos muito, mas quando é um de Alegrete e que convivemos juntos aqui no Esquadrão, não tem palavras é muito triste.

“O sargento João Marcelo Borges Desidério era exemplar, tranquilo e se dava bem com todos” – comenta Sgto Adão Miller

“Em 2007 quando chegamos na cidade eu e minha turma, ele foi um exemplo. Com ele aprendemos muito. Um policial exemplar, querido e respeitado por todos. Marcelo levava ao fio da letra a técnica policial. À época era um dos melhores em Alegrete. Era muito gente boa, parceiro e não tinha hora nem dia, honrava a farda. Um esportista excepcional, que se destacava em campo. “Doca” era diferenciado – destaca soldado Alex Sandro Paim

Quase sem conseguir falar, o soldado Roberto Oliveira, fala de um professor. “Sabemos que quando o “Homem Velho chama, não tem o que fazer, mas é difícil assimilar uma perda precoce e da forma que foi” – descreve

Roberto disse que sargento o João Marcelo Borges Desidério jamais iria recuar em uma situação de confronte. “Ele sabia trabalhar, mas pelo perfil, mesmo em desvantagem, não iria desistir de fazer o melhor. Enfrentar o risco em prol do bem e do certo. Vestia a farda com muito orgulho e coragem. Era um profissional destaque em tudo. Uma grande perda para a família e para Brigada Militar. Um homem de caráter ” – salienta soldado Roberto

Soldado Bravo que também trabalhou com Sgto Marcelo, por dois anos, de 2005 a 2007, enfatiza que ele era um excelente profissional e muito técnico nas abordagens.

Sargento Figueira, colega e cunhado, falou que o corpo será transladado para Alegrete, mas ainda não há informações do horário da chegada do corpo. Conforme Figueira, Sargento Marcelo era casado e deixa três filhos. Um de 18, outro de 14 do primeiro casamento que moram aqui. E o caçula de 10 anos. A família do do 3° sargento, João Marcelo Borges Desidério é alegretense.

O sargento João Marcelo Borges Desidério, de 43 anos, baleado na madrugada deste sábado por criminosos que explodiram a agência do Banrisul em Erval Grande, morreu por volta das 6h, no Hospital de Erechim.Ele havia sido atingido por tiros de fuzil. Natural de Alegrete, há mais de cinco anos havia sido transferido.

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Segundo informações, o sargento, estava em serviço no momento que a quadrilha, formada por mais de dez homens, explodiu a agência bancaria. Ele auxiliava no patrulhamento de cidades da região que são alvo de frequentes assaltos, principalmente a ônibus.

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Na busca de impedir o ataque, Desidério e o 3° sargento, Valdecir Golfetto, trocaram tiros com os criminosos, momento que policial, foi atingido.   O 3° sargento, Valdecir Golfetto, que estava na viatura não se feriu, mas ficou em estado de choque e precisou ser levado ao hospital.

O alegretense entrou na Brigada Militar na turma de 1993 e por muitos anos atuou junto ao Comando local. Os colegas, amigos e familiares estão consternados com a perda precoce do policial.

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