ZERO HORA: Seis mortes em uma hora podem ter ligação com duplo homicídio, em Caxias

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MORTE EM CONFRONTO COM PM NÃO É ASSASSINATO
MORTE EM CONFRONTO COM PM NÃO É ASSASSINATO

Os seis assassinatos ocorreram em dois momentos nos bairros Planalto e Vila Ipiranga, na segunda-feira

Por: Cristiane Barcelos ZERO HORA
(Se a imprensa gaúcha do grupo RBS fosse a favor da segurança dos Gaúchos, a chamada correta seria dois homicídios e 4 criminosos mortos em confronto com a Brigado Militar) 

Uma das linhas de investigação da Polícia Civil de Caxias do Sul para a execução de um rapaz e uma moça, seguida da perseguição e morte de quatro bandidos, é uma possível ligação com os homicídios de duas mulheres no bairro Fátima, no último sábado. Os seis assassinatos de segunda-feira à noite ocorreram em dois momentos em sequência: no primeiro, por volta de 22h30min, Jonas Almeida de Mello, 26 anos, e Lílian Cassini, 21, foram baleados no bairro Planalto. Houve perseguição policial pouco depois e, em menos de uma hora, quatro homens que teriam participado da primeira ação foram mortos. Um quinto envolvido no bando foi preso em flagrante e se recupera no Hospital Pompéia.

Para o delegado Rodrigo Kegler Duarte, titular da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD), não há dúvida de que a morte de Mello, no bairro Planalto, foi uma execução. O local onde ocorreu o crime, na Rua Antônio Benevenuto de Marchi, seria em frente à casa dele, o que engrossa a tese de uma emboscada. Mello tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas, roubo de veículo e porte ilegal de arma de fogo. Já Lílian, que trabalhava como comissária de bordo, não tinha passagens pela polícia.

— Se trata evidentemente de uma execução envolvendo esse rapaz, até pelo armamento e pela forma como aconteceu — aponta o delegado.

O carro onde estavam Mello e a jovem Lílian, um Corsa branco, foi alvejado por cerca de 40 disparos. Criminosos fugiram em uma HB20, acabaram perseguidos pela Bridada Militar e houve confronto na Vila Ipiranga. Após a ação, os policiais apreenderam com o bando duas espingardas calibre 12, duas pistolas (calibres .45 e .380), um revolver .38 e , uma submetralhadora, esta última de uso restrito.

Ainda é cedo para que a polícia aponte ligações entre Mello e os integrantes do bando, mas não se descarta a hipótese de que o quinteto tenha sido apenas o executor do ataque contra Mello.Nos próximos dias, a Polícia Civil pretende tomar o depoimento do único sobrevivente, Anderson Lima de Miranda, 34. Miranda, que tem diversos antecedentes criminais, incluindo roubo e porte de arma de uso restrito, usava um colete a prova de balas.

O inquérito deve ser concluído em 10 dias, prazo estipulado em função da prisão em flagrante. Os quatro bandidos mortos foram identificados como Eduardo de Jesus, 19, Eduardo Mascarello, 23, e Rodrigo Pavan, 34, e Robson Souza Nunes, 30.

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armamentoQuem era os mortos:

:: Jonas Almeida de Mello, 26 anos: possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas, roubo de veículo e porte ilegal de arma de fogo.
Circunstância: morto a tiros dentro de um Corsa na Rua Antônio Benevenuto de Marchi, bairro Planalto.

:: Lilian Cassini, 21: era comissária de bordo e não tinha passagens pela polícia.
Circunstância: estava no carro com Mello e foi assassinada a tiros.

:: Eduardo de Jesus, 19: indiciado por associação criminosa no roubo ao Banco do Brasil em Campestre da Serra, em 4 de fevereiro do ano passado. Estava foragido desde o último dia 3.
Circunstância: morto no confronto com a Brigada Militar na Vila Ipiranga.

:: Eduardo Mascarello, 23: estava em liberdade desde o dia 25 de julho. Era acusado de lesão corporal, indiciado por receptação de veículo e porte de arma.
Circunstância: morto no confronto na Vila Ipiranga.

:: Rodrigo Pavan, 34: estava em liberdade desde 30 de maio do ano passado. Era indiciado por furto qualificado.
Circunstância: morto no confronto na Vila Ipiranga.

:: Robson de Souza Nunes, 30: indiciado por receptação e porte de arma.
Circunstância: morto no confronto na Vila Ipiranga.