Contribuição previdenciária dos servidores pode chegar a 30%

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Governador tenta reduzir a máquina pública para conseguir estancar rombo nas contas Foto: Karine Viana / Palácio Piratini,Divulgação
Governador tenta reduzir a máquina pública para conseguir estancar rombo nas contas
Foto: Karine Viana / Palácio Piratini,Divulgação

Sartori/PMDB prepara pacote que confisca salário dos servidores

Está em fase final de elaboração, um pacote de medidas do governo Sartori/PMDB para dar resposta à grave crise por que passa seu governo. Desde que assumiu, Sartori/PMDB tem alternado crises e pacotes pretensamente salvadores. O discurso da crise apareceu logo em seu primeiro pronunciamento, quando anunciou que precisaria tomar medidas drásticas para fazer frente à suposta herança maldita recebida do governo anterior. Durante todo o ano passado o discurso foi repetido sem trégua. Com essa ladainha, conseguiu aprovar o aumento de impostos, mudanças na previdência dos servidores, aumento do limite de saques dos depósitos judiciais e, até mesmo, a suspensão do pagamento da dívida com a União. Porém, a situação financeira, nas palavras do governo, só piorou.

Agora, o governo acena com mais um pacote salvador. Desta vez, Sartori/PMDB se inspirou nas medidas tomadas pelo governador do Rio de Janeiro, também do seu partido, o PMDB. É bom lembrar que o governador do RJ, Luiz Fernando Pezão, foi vice-governador de Sérgio Cabral Filho, também do PMDB, que acaba de ser preso por liderar uma quadrilha que saqueou os cofres do estado.

Contribuição previdenciária dos servidores pode chegar a 30%

Uma das principais medidas desse pacote, seria o aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos estaduais. A alíquota passaria para 14%, que é o máximo permitido pelo STF. Além desse aumento, o governo pretende criar uma sobretaxa por um período determinado, que pode chegar a até dois anos. No Rio de Janeiro, essa sobretaxa é de 16%, perfazendo um total de 30% de contribuição previdenciária. Resumindo, Sartori/PMDB quer pagar a sua incompetência confiscando o salário dos servidores. O mesmo salário que todo mês é parcelado.

Além do confisco do salário dos servidores, o pacote deve incluir a extinção de até dez Fundações, com a demissão dos seus funcionários, e a privatização de estatais, entre elas a CEEE. Outras medidas, já levantadas nas reuniões realizadas, é a retomada do projeto que extingue a Licença Prêmio e outro que restringe a cessão de dirigentes para as entidades sindicais.

Todas essas medidas já vêm sendo preparadas por uma campanha feita pela mídia aliada ao governo. Notícias falsas sobre supersalários, ataques aos servidores públicos e um discurso do caos, vem sendo a tônica da imprensa governista no último período. Chegou-se ao ponto de uma “famosa” colunista do grupo RBS, divulgar uma lista de supostos supersalários, que no fundo se tratavam de pagamento extraordinário de licenças-prêmio atrasadas.

Governo prepara a repressão para votação do projeto

Já prevendo a forte rejeição ao pacote, a exemplo do que tem acontecido no RJ, o governo já prepara um forte aparato de repressão para cercar a Assembleia Legislativa. Assessores do Palácio Piratini já falam, abertamente, da necessidade de utilização da Brigada Militar para aprovar as medidas.

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