GAÚCHA: “Nós vamos nos rebelar”, diz prefeito de Charqueadas sobre centro de triagem de presos

318

21630813Governo do Estado anunciou a criação de 5 centros de triagem, um deles em Charqueadas

O prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar de Abreu de Souza, do PDT, recebeu com indignação o anúncio de que a cidade vai receber um centro de triagem de presos. Nesta quarta-feira (9), o secretário da Segurança, Cezar Schirmer, anunciou medidas para amenizar a grave crise no sistema prisional. Entre elas, a construção de cinco centros de triagem de presos, um deles no município de Charqueadas, com 145 vagas e um orçamento destinado de R$ 3 milhões. O prefeito adianta que se o projeto for mantido, manifestações vão ocorrer.

“Se o Governo continuar com essa ideia esdruxula e desrespeitosa com a nossa cidade, eu na condição de prefeito, vou unir o meu município e nós vamos nos rebelar. Nós vamos protestar na frente do Palácio (Piratini), nós vamos protestar trancando RSs, nós vamos protestar entrando com embargos dessa obra”.

Davi Gilmar de Abreu Souza reclama que a comunidade não foi chamada pelo Governo do Estado para debater o assunto.

“É uma coisa que nós não aceitamos em hipótese alguma, porque é um desrespeito com a cidade que é parceira há muitos anos do Governo do Estado. Hoje, nós temos, dependendo do dia, em torno de 6 mil presos”, reclama o prefeito.

Davi se refere à soma dos presos de todas as unidades prisionais que existem no complexo prisional de Charqueadas. Defende que outros municípios possam contribuir, recebendo unidades prisionais. O prefeito aproveitou para pedir que o Governo mude de opinião.

“Esperamos que o governador Sartori e o ex-prefeito que veio muito abalado de uma situação lá da cidade dele, eu acho que ele não aprendeu com isso, né, que ele mude de ideia”.

Para o prefeito, a instalação de mais uma unidade prisional na cidade vai aumentar ainda mais a criminalidade.

“O nosso sistema já está precário. Nós estamos com falta de policiais para cuidar do sistema prisional. Há quatro ou cinco policiais para monitorar esses presídios. Esses presídios são um barril de pólvora”.

A Rádio Gaúcha busca uma posição do Governo do Estado.

GAÚCHA