JBV Online: Quando a violência não é surpresa. Infelizmente!

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d26443009825321f14532e8e3aebc432O que aconteceu na madrugada do último sábado de outubro em Erval Grande, um dos municípios que faz fronteira com Santa Catarina não é nenhuma surpresa para mim. Já vinha alertando que a entrada do Rio Grande do Sul está com as porteiras totalmente abertas, sem nenhuma fiscalização, e que as cidades próximas carecem de melhor atenção no quesito segurança pública.

A última matéria publicada neste espaço faz pouco mais de noventa dias, inclusive relatei a rota do contrabando de caminhões carregados com cigarros, bebidas, perfumes, aparelhos eletrônicos entre outras mercadorias passam praticamente todos os dias. Isso sem contar que muitos utilizam as balsas de Marcelino Ramos e Machadinho.

Algumas cidades que fazem divisa com o vizinho estado catarinense merecem uma melhor atenção por parte do governo estadual: Erval Grande, Nonoai, Aratiba e Mariano Moro. São cidades que servem de porta de entrada de drogas e armamento. Não é admissível que estas cidades, que ainda ligam ao Paraná e consequentemente ao Paraguai não recebam atenção especial pelo governo gaúcho.

Essas cidades (e não é peculiaridade delas) durante à noite, fins de semana carecem de efetivo e a segurança pública fica na mão de dois valentes policiais da Brigada Militar. É difícil de entender que numa região onde já aconteceram inúmeros assaltos à ônibus que seguem para o Paraguai, não se tenha notícia por parte do governo estadual de ações enérgicas para coibir este tipo de prática.

Na última quarta-feira, 9 de novembro, aconteceu em Marcelino Ramos a 2ª Reunião Técnica de Planejamento Estratégico de Combate da Criminalidade na Fronteira do RS e SC.A reunião teve a presença do comando da Brigada Militar de várias regiões do RS e também de Santa Catarina. É de saudar estas ações para que a segurança suplante a insegurança instaurada na região.

Por Egídio Lazzarotto/JBV Online