Preso continua dentro de viatura na frente da 2ª DP de Porto Alegre

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Um preso segue em viatura da Brigada Militar na frente da 2ª DPPA | Foto: Guilherme Testa
Um preso segue em viatura da Brigada Militar na frente da 2ª DPPA | Foto: Guilherme Testa

Na Região Metropolitana, 48 presos estão em delegacias

Com a superlotação das delegacias de polícia, os presos seguem nesta quarta-feira detidos em viaturas. Pela manhã, na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ªDPPA) de Porto Alegre, no Palácio da Polícia, no bairro Azenha, um preso estava em uma viatura da Brigada Militar na frente da 2ª DPPA. Segundo a Polícia Civil, pelo menos 20 presos ocupam a carceragem e seis detentos estão em celas da 3ª DPPA.

As celas das delegacias de polícia estavam sendo utilizadas provisoriamente, mas devido à falta de vagas nos presídios gaúchos, a ocupação se tornou permanente. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, segundo, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), 48 presos estão em delegacias.

Umas das soluções para desafogar as delegacias da Polícia Civil de presos está na construção de centros de triagem na Região Metropolitana de Porto Alegre. O projeto, anunciado no final do mês de outubro, pelo secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, prevê a instalação de dois centros de triagem: um em Porto Alegre e outro em Charqueadas, com capacidade para abrigar 258 presos.

Atualmente, em virtude de superlotação, interdição e falta de vagas nas cadeias, os presos aguardam nas delegacias até o encaminhamento ao sistema prisional. Pela proposta, as prisões realizadas pela Brigada Militar nas ruas continuaram desembocando nas delegacias da Polícia Civil. Os presos, no entanto, depois de autuados em flagrante ou identificados seriam encaminhados para um dos centros de triagem, e não ficariam nas delegacias. Dos centros de triagem, os presos seguirão para presídios.

Para a construção do centro em Porto Alegre, a Susepe, definiu uma área localizada atrás do Instituto Psiquiátrico Forense, no bairro Partenon. No local, existe um prédio com fundações, pilares e laje pronta. O local abrigaria 120 presos. O projeto está em fase de elaboração de processo de licitação para escolha da empresa responsável pela obra.

O segundo centro deve ser criado em Charqueadas, em local inicialmente previsto para abrigar um hospital penitenciário. A obra está 60% concluída. No local, 138 vagas devem ser criadas para evitar que os presos fiquem nas delegacias.

CORREIO DO POVO