Vida dos brigadianos está sendo tratada com descaso

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ABAMF PROTESTA

A ABAMF protesta e reivindica as autoridades que mostrem, no mínimo respeito, com a vida dos brigadianos e com as famílias brigadianas que passaram a ser, cotidianamente, atingidas pela violência. O assassinato do Bento Júnior Teixeira Borges, 36 anos, é o ápice da diferença entre os desafios que os militares estaduais enfrentam diariamente, em contraposição com autoridades legislativas, judiciárias e membros do alto escalão do Poder Executivo.

Enquanto o brigadiano perdia a vida tentando evitar que um cidadão fosse agredido, autoridades comemoravam o Natal, sem maiores preocupações, com salário em dia e 13° já pago. Enquanto o PM, mesmo no horário de folga, tentava evitar uma covardia, brindes com bebidas caras aconteciam, sem nenhum constrangimento com o sacrifício de uma vida ou com a penúria de muitas famílias que, com salários parcelados e sem 13° têm as comemorações natalinas sem ânimo.

A ABAMF cansou de alertar quanto ao problema do efetivo, gritou milhares e milhares de vezes pela valorização dos brigadianos e brigadianas, protestou tantas outras vezes quanto a violência crescente no RS, que passou a atingir os policiais militares. Alertou que a segurança pública necessitava de investimentos.

A resposta do governo do RS ao invés de buscar formas para melhorar a segurança dos gaúchos foi ameaçar os direitos dos militares estaduais. A ABAMF dirigiu os esforços para impedir a retirada dos direitos conquistados, após décadas de luta. A ABAMF recorreu a justiça, mas a resposta do Judiciário é incompleta, pois reconhece o direito dos brigadianos, no entanto, não penaliza o governo estadual que descumpre as medidas judiciais. A ABAMF buscou dialogar com os deputados, que parecem fazer pouco caso dos funcionários públicos.

Até que, no dia de Natal, mas um brigadiano perdeu a vida. Mais uma esposa de militar estadual ficou viúva, mais uma criança de 2 anos soube que o pai saiu para trabalhar e nunca mais retornará. O brigadiano Bento Júnior Teixeira Borges, 36 anos, perdeu a vida trabalhando, prevenindo o crime e a violência mesmo de folga, enquanto o governador, os deputados, os juízes, brindavam, sem tomar conhecimento da tragédia que se abatia sobre a Família Brigadiana, possivelmente, debatendo como retirar mais benefícios dos militares gaúchos desestimulando os profissionais e fragilizando a carreira.

A ABAMF ESTÁ INDIGNADA COM ESSE DESCASO DAS AUTORIDADES, OS BRIGADIANOS ESTÃO REVOLTADOS COM A MORTE DE MAIS UM COLEGA
DEVIDO AO DESCASO DAS AUTORIDADES

ABAMF DE LUTO