ZERO HORA: Policiais deixam de patrulhar ruas para custodiar presos no Trovão Azul

Às 11h30min desta quinta-feira, três viaturas e cerca de 10 homens faziam a guarda de seis apenados

Por: Marcelo Kervalt

Embora tenha atenuado a permanência de presos em viaturas, a utilização de um ônibus-cela da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) continua exigindo que policiais militares (PMs) deixem de atuar nas ruas para garantir a integridade física dos presos e a segurança do local. Isso porque enquanto os detentos permanecem no Trovão Azul, os brigadianos que realizaram a prisão ficam responsáveis por eles até o encaminhamento às carceragens da Polícia Civil. Outros dois policiais resguardam permanentemente o pavilhão em frente à Academia da Polícia Civil (Acadepol), na Rua Comendador Tavares, bairro Navegantes, em Porto Alegre, onde o veículo fica estacionado.

Às 11h30min desta quinta-feira, três viaturas e cerca de 10 PMs faziam a custódia de seis presos. Conforme o comandante do Policiamento da Capital, coronel Mário Ikeda, até aquele horário sete apenados haviam passado pelo Trovão Azul, sendo que seis estavam detidos simultaneamente. O oficial detalha por que é preciso manter, além de dois policias encarregados pela estrutura, brigadianos responsáveis por cada preso:

— Tem que ficar no mínimo um policial para cada preso. Esse PM cuida da segurança do detento, da sua alimentação, encaminha ele ao banheiro e, também, para a delegacia quando abre vaga — disse.

Foto: Secretaria da Segurança Pública / Divulgação

Dentro das celas, os apenados são mantidos algemados em razão da segurança, já que as portas das carceragens precisam ser abertas constantemente para a retirada ou chegada de novos presos. Eles também usam com frequência, segundo o coronel Ikeda, o banheiro químico que fica ao lado do coletivo.

O Trovão Azul passou pelo crivo do Secretário da Segurança Pública (SSP), Cezar Schirmer, na terça-feira, e foi liberado para receber apenados na última quarta. A inspeção serviu para a aprovação das melhorias realizadas, como pintura, reforma na ventilação e abastecimento de energia elétrica. O coletivo tem capacidade para manter até 30 detentos em três celas, duas com entrada pela parte traseira do veículo, e uma, pela lateral direita.