“Não cabe a mim analisar a origem do dinheiro”, diz Sartori sobre repasse de recursos da JBS para campanha

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Governador comentou neste final de semana recebimento de recursos apontados como sendo propina, segundo executivo da JBS

O governador do Rio Grande do Sul comentou neste final de semana a citação do seu nome na delação de executivo do grupo JBS, que afirmou ter repassado propina à campanha eleitoral de José Ivo Sartori em 2014. Ricardo Saud disse que o valor de R$ 1,5 milhão foi enviado à campanha como “doação oficial dissimulada” a pedido do senador Aécio Neves, que concorria à Presidência e foi apoiado por Sartori.

Em agenda neste final de semana na Serra Gaúcha, José Ivo Sartori falou publicamente pela primeira vez sobre o caso. Em entrevista à Rádio Solaris, de Antonio Prado, o governador foi questionado se entendia que os recursos eram lícitos.

“Para nós, sim. Agora, se o dinheiro que eles (JBS) praticaram fez outras coisas, isso é outro problema. Não cabe a mim analisar a origem. A nossa campanha prestou contas disso e nossa coordenação esta à disposição para todas as explicações”, afirmou Sartori à Rádio Solaris.

Sartori afirmou que o valor declarado veio diretamente do grupo empresarial. E que confia na apuração dos fatos.

“Ninguém vai me colocar no meio de tudo aquilo que tem nas investigações. Espero que tudo seja apurado eficientemente para que o país volte à normalidade institucional”, afirmou.

O governador esteve no sábado em Antonio Prado e Nova Roma do Sul, onde assinou ordem para licitação de 14 quilômetros de rodovias na região. Serão investidos R$ 19,8 milhões na via que liga os dois municípios.

GAÚCHA