Rádio Guaíba: Mais de 10 viaturas são usadas para vídeo institucional do Estado na Capital

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Mais de 10 viaturas são usadas para vídeo institucional do governo em Porto Alegre. Foto: Álvaro Grohmann / Especial / CP

Moradores da avenida Aparício Borges criticaram desperdício de dinheiro público

Mais de 10 viaturas da Brigada Militar e Polícia Civil, com dois servidores em cada veículo, foram empregadas na manhã desta quinta-feira para as gravações de um vídeo institucional do Governo do Estado, na zona Sul de Porto Alegre. Por algumas horas, a mesma cena se repetia na avenida Aparício Borges. Curiosamente, a alguns metros dali, dois terminais do Banrisul foram atacados durante a madrugada.

As viaturas permaneciam estacionadas aguardando o momento de saírem em comboio para serem filmadas por uma equipe de produção, posicionada no alto do túnel do cruzamento com a avenida Teresópolis. Depois, os veículos faziam a volta novamente pela avenida Aparício Borges e retornavam ao mesmo ponto de parada, esperando nova ordem de deslocamento. Cada gravação da cena exigia o bloqueio momentâneo do trânsito.

Moradores do entorno criticaram o desperdício de dinheiro público e o desvio dos policiais militares e civis de suas atividades efetivas na área da segurança pública. Alguns lembraram inclusive que existem vídeos de operações e ações reais das próprias corporações que poderiam ser aproveitados.

Ao saber do uso de servidores e viaturas para a gravação de uma propaganda institucional, o vice-presidente da Ugeirm Sindicato, Fábio Castro, que representa os policiais civis, declarou que “não estranhou muito o expediente midiático do governo para passar uma sensação de segurança à população”. Segundo o dirigente, o governo é “especialista em inventar factóides”. Fábio Castro avaliou que a política de segurança pública é “um fracasso”.

A Secretaria de Comunicação do governo estadual deve emitir uma nota sobre o tema ainda nesta quinta-feira.

Viaturas novas foram deslocadas para gravação de vídeo institucional do governo gaúcho
Fonte:Rádio Guaíba e Correio do Povo