ZH: Vigilantes são presos por desacato após impedir entrada de policiais em agência bancária de Viamão

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Chefe de investigação da 2ª DP de Viamão, Adilson Silva (centro) deu voz de prisão aos vigilantes Foto: Divulgação / Sindicato dos Vigilantes

Agentes da 2ª Delegacia de Polícia do município deram voz de prisão aos responsáveis pela segurança na agência da Caixa Econômica Federal, no bairro Santa Isabel, ao serem impedidos de entrarem com uma intimação

Por: Eduardo Torres

Uma confusão no final da tarde de quinta-feira (20) na agência da Caixa Econômica Federal, no bairro Santa Isabel, em Viamão, terminou com dois vigilantes presos por desacato, obstrução do trabalho policial, resistência e desobediência. Eles passaram a noite detidos em uma cela da 2ª Delegacia de Polícia de Viamão, e devem ser autuados em flagrante.

A prisão aconteceu depois das 15h — horário de fechamento da agência —, quando uma equipe da delegacia foi à agência bancária para entregar uma intimação ao gerente em virtude de uma investigação envolvendo furto e clonagem de cartão. A entrada dos agentes, no entanto, foi impedida pelos vigilantes.

— Foi uma situação humilhante para os policiais diante de todas as pessoas que estavam no setor de auto-atendimento. Eles perderam pelo menos 30 minutos nesse impasse absurdo. Estavam identificados e com a viatura oficial da Polícia Civil — afirma o chefe de investigação da delegacia, Adilson Silva.

Foi ele quem deu voz de prisão aos dois vigilantes, que saíram algemados da agência.

— A algema foi um recurso necessário, porque eles estavam bastante alterados — acredita o policial.

De acordo com o diretor de informação sindical do Sindicato dos Vigilantes, Carlos Schio, os funcionários foram presos quando cumpriam o dever.

— A orientação aos vigilantes no banco é muito clara. Após o horário de atendimento bancário, a liberação da porta giratória só pode acontecer quando o gerente autoriza. E isso ainda não havia acontecido. Nós não entendemos é o motivo para o gerente também não ter sido detido — argumenta.

O gerente foi levado à delegacia, prestou depoimento e acabou liberado.Conforme Adilson Silva, não havia motivo para prender o responsável pela agência.

— Nós constatamos que ele não teve interferência. Quando soube o que acontecia, foi solícito. Mas os vigilantes estavam exigindo que os policiais dissessem do que se tratava. Não poderiam dizer porque é uma investigação sigilosa — aponta o policial.


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