GAUCHA: Governo do RS marca data para retomar pagamento em dia dos salários de servidores

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ABAMF: Era tao simples assim, marcar uma data. Porque esta solução não foi tomada antes. Só agora ela é conveniente.Proposta apresentada ao Cpers, no entanto, condiciona fim do parcelamento à venda das ações do Banrisul, adesão ao Plano de Recuperação Fiscal e crescimento de economia

O governo do Estado se comprometeu a retomar o pagamento em dia dos servidores públicos estaduais a partir de 30 de dezembro deste ano. No entanto, segundo o Piratini, isso só será possível quando ocorrer o ingresso dos recursos provenientes da venda das ações do Banrisul, ocorrer a adesão do Estado ao Plano de Recuperação Fiscal e a confirmação do crescimento econômico projetada para os próximos meses.

A garantia foi feita em reunião nesta segunda-feira (30) com a direção do Cpers, na Casa Civil. O fim do parcelamento é a principal reivindicação dos professores, que estão em greve desde 5 de setembro. É a primeira vez que o governo se compromete com uma data para retomar o pagamento em dia dos servidores. O secretário da Educação, Ronald Krumennauer, espera que com essa proposta os professores decidam retomar as aulas.

– Isto somado ao pagamento, primeiro, de quem ganha menos. Quase 60% dos educadores estarão com salários quitados no dia 31. E também com o projeto que vai ser votado nos próximos dias, que corrige, pela poupança, os salários atrasados e o 13º.

O pagamento em dia do 13º salário, no entanto, não foi incluído na proposta. O governo também se comprometeu em retirar a proposta de emenda à Constituição (PEC) 257 de 2016, que retira a previsão de data para pagamento dos salários dos servidores. Também foi ratificado o compromisso de não dispensar educadores com contratos temporários que aderiram à greve após a retomada dos trabalhos. A presidente do Cpers, Helenir Schurer, disse que vai submeter a proposta à assembleia da categoria, marcada para as 10h desta terça-feira, em frente ao Palácio Piratini.

– Um fato positivo foi a retirada da PEC 257. O restante a gente vai avaliar. A esperança nossa era o pagamento imediato, mas é óbvio, apesar de estarmos aqui com o comando de greve, que a categoria é que tem que se pronunciar. Nós vamos levar até a categoria para que ela estude e tome a decisão – afirmou a dirigente sindical.