Jornal NH: Exemplo no País, Novo Hamburgo sedia curso sobre policiamento comunitário

Juliana Nunes/GES-Especial Capitão Wasenkeski recepcionou policiais militares de outros Estados

Cidade está recebendo policiais militares de Tocantins, Goiás, Rondônia e Distrito Federal

Juliana Nunes Jornal NH

Policiais militares do Tocantins, Goiás, Rondônia e Distrito Federal participam do Curso Internacional de Polícia Comunitária – Sistema Koban, em Novo Hamburgo. A cidade é modelo no sistema, que usa a aproximação entre policiais e comunidade para melhorar a segurança em bairros.

Os alunos foram recepcionados nesta terça-feira (3) pelo comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) tenente-coronel Márcio Uberti Moreira e pelo coordenador do Policiamento Comunitário em Novo Hamburgo, capitão Wagner Estanislau Wasenkeski.

Entre os temas abordados durante o curso, que ocorre até a sexta-feira, estão o modelo japonês de policiamento comunitário (Koban), que inspirou o brasileiro, e sua aplicações e adaptações. “Estamos recebendo colegas de outros Estados devido ao trabalho que é feito aqui. Antes eles já tiveram o curso EAD (Educação à Distância) e farão também na quarta e na quinta-feira visitas aos núcleos de Novo Hamburgo. Na sexta eles visitam as instalações em Porto Alegre”, explica Wasenkeski.

O curso é realizado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio de acordo de cooperação entre a Agência de Cooperação Internacional do Japão, Agência de Polícia do Japão, Agência Brasileira de Cooperação, Brigada Militar do Rio Grande do Sul e Polícia Militar de Minas Gerais e São Paulo.

“O curso envolve 25 entes da Federação do Brasil que enviam turmas e em contrapartida, 15 policiais, vão acompanhar o Policiamento Comunitário no Japão, o sistema Koban, a cada semestre. O objetivo é difundir o foco na prevenção e não apenas na ação. Há Estados em que isso está mais internalizado, como o Rio Grande do Sul”, explica o coordenador-geral de Planejamento Estratégico em Segurança Pública, Programas e Projetos Especiais, Luciano Ramos Ribeiro, que acompanha de perto toas atividades.

Exemplo de policiamento comunitário

Em Novo Hamburgo o Policiamento Comunitário é realizado desde dezembro de 2013, sendo uma das cidades modelo no Estado. Segundo Wasenkeski, um dos grandes diferenciais desta filosofia é integrar o policial militar ao bairro em que atua. “O policiamento comunitário no Município permite viaturas e equipamentos próprios o que facilita a visita pós-crime e o levantamento de informações. Além disso, com o convênio da Prefeitura, estes policiais têm o auxílio-moradia, ou seja, eles moram no bairro em que atuam, eles não são apenas números. E isso traz uma grande responsabilidade pelo trabalho deles, tanto em elogios quanto em críticas. Permite também uma maior confiança da população e vice-versa. Para participar é preciso fazer cursos e não podem apresentar nenhum desvio de conduta”, destaca.