G1: PMs de UPP são feitos reféns no morro dos Prazeres, no Rio

841

Em depoimento, PMs dizem que foram rendidos por cerca de 40 criminosos na segunda-feira (20). UPP diz que alguns já foram identificados.

Local utilizado como base de soldados de UPP Prazeres é bastante precário; policiais foram ameaçados por uma hora caso não deixassem ponto da comunidade, diz depoimento (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Por Leslie Leitão, RJTV

Sete PMs da UPP Prazeres foram feitos reféns na tarde desta segunda-feira (20) no morro dos Prazeres, no Centro do Rio. As informações do RJTV mostram que um grupo enorme de criminosos da região não quer mais que os policiais ocupem a base em um determinado local da comunidade, que conta com uma UPP desde 2011. Em 2015 ,policiais da UPP do Fallet passaram por situação semelhante.

Segundo depoimento dado por um deles, cerca de 40 criminosos armados renderam quatro dos pms na base da UPP, que fica no alto da comunidade. Os policiais foram levados para um local onde outros policiais já estavam sob domínio dos criminosos. Eles sofreram tortura psicológica durante uma hora e foram liberados em seguida. No depoimento, o policial relata que ele e mais seis PMs foram levados até uma quadra na comunidade, e deixados desarmados. Os suspeitos, então, pediam que os policiais deixassem a localidade conhecida como “Doce Mel”, além do fim do patrulhamento dos PMs em um local conhecido como o “Beco do Agnaldo”.

Ainda segundo o depoimento do policial, após negociação com um policial identificado como Tenente Furtado, subcomandante da unidade, os policiais sairam da quadra e não voltaram ao Beco do Agnaldo, que àquela altura já havia sido retomado por criminosos.

Em nota, a UPP disse que, segundo o Comando da Unidade, policiais estavam patrulhando quando foram ameaçados por criminosos na localidade conhecida como Beco do Agnaldo. Após o incidente, o policiamento na região foi reforçado por agentes de outras UPPs e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

Ainda segundo a UPP, alguns suspeitos foram identificados pelo setor de inteligência da unidade e ações já estão sendo planejadas para capturá-los. As armas dos policiais, segundo a corporação, não foram roubadas.