ABAMF trabalhou para manter direito dos brigadianos em 2017

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ABAMF lutou com determinação e resistência em 2017. As várias ameaças aos direitos dos brigadianos fizeram com que a ABAMF agisse mantendo a categoria mobilizada, realizasse manifestação nas ruas, recorresse ao Judiciário e trabalhasse intensamente no Legislativo buscando apoio dos deputados para derrotar ou modificar projetos do governo que retiravam direitos, modificavam a carreira ou iam contra o que os militares estaduais reivindicavam. Além disso, as ameaças de não pagamento dos reajustes aprovados em 2014 fizeram a entidade endurecer o discurso para garantir a conquista.

O caso mais marcante é, certamente, o parcelamento do salário. Tanto a ABAMF quanto outras entidades brigadianas recorreram ao Judiciário. Venceram, mas o governo não cumpriu as medidas judiciais, sem que nada acontecesse.  A ABAMF foi a rua realizou manifestação na frente do Judiciário com outras representações de servidores, que culminou com um ato na Esquina Democrática.

Com inúmeras ações pela indenização devido ao parcelamento do salário, o governo decidiu enviar projeto para indenizar os servidores – com um índice mais baixo – admitindo, mais uma vez, o descumprimento da lei. E iniciou o atraso no pagamento do salário que perdura até hoje. Também sendo passível de indenização, pois a lei determina o pagamento do salário até o último dia do mês trabalhado.

No Legislativo, a entidade ao saber que determinadas propostas teriam apoio da maioria dos deputados passou a construir emendas que mantivessem o direito daqueles que já ingressaram na BM e defender que as mudanças deveriam ser somente para concursados que ingressassem após vigorar a lei – caso do PLC 147 e PECs 261 e 242.

Durante este ano, a associação prestou um maior números de auxílios as famílias brigadianas que necessitaram de apoio para vencer dificuldades impostas pelo parcelamento/atraso no pagamento do salário. Com isso, a parte assistencial doou, apoiou, participou de campanhas para angariar mantimentos, levantar verbas, buscar encaminhamentos.

E na Colônia de Férias Farroupilha – CFF – a construção dos apartamentos para atender pessoas com necessidades especiais e dificuldade de locomoção é tido como uma grande conquista, pois apesar da dificuldade financeira a parceria com a Getuleão Materiais de Construção possibilitou a obra.

Para o presidente Leonel Lucas, a ABAMF conseguiu cumprir com o papel para o qual existe. “Nosso objetivo é defender e auxiliar a Família Brigadiana. Não foi um ano de comemoração de conquistas e sim da vitória pela manutenção de direitos. Mas vamos seguir lutando pelo reconhecimento e por condições de trabalho adequadas. Acredito que a maior vitória da ABAMF, nos últimos anos, foi ter garantido os reajustes, em 2014, até 2018. À época fomos criticados, mas graças a essas correções, deixamos de ser antepenúltimo na tabela de salários das Polícias Militares do Brasil e, atualmente, ocupamos a 12ª posição”, disse.

Paulo Rogério N. da Silva

Jornalista ABAMF