Aprovados em concurso da BM querem que todo o contingente seja chamado de uma só vez

pms-960x600 (1)Chamamento em turmas também desagrada o sindicato da Polícia Civil

Os dois mil aprovados em concurso para a Brigada Militar não querem que apenas parte do grupo seja chamada, conforme anunciado pelo comando da corporação. O governo havia alertado a impossibilidade de chamar os aprovados, mas recuou e decidiu formar 500 policiais militares e 150 bombeiros, totalizando um contingente de 650 novos soldados.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Leonel Lucas, sustenta que existem fatores legais que podem inviabilizar o ingresso dos demais no futuro. “Existe um limite de idade, de 26 anos, para ingressar na Brigada Militar e muitos deles podem ultrapassar essa idade nos próximos meses. Também precisamos levar em conta os custos das viagens dos aprovados à Capital e exames médicos, que valem por seis meses, além de custarem caro”, ponderou.

Um concursado que concedeu entrevistas sem se identificar à Rádio Guaíba confirmou que os aprovados estão unidos e querem que todo o grupo seja chamado. Ele ainda reiterou que mais de 80% dos selecionados pediram demissão dos empregos atuais e estão sem dinheiro para refazer exames. Na rede particular, os custos dos exames médicos solicitados pela corporação podem superar R$ 3 mil.

A Brigada Militar sustenta que não dispõe de estrutura física e técnica para formar dois mil policiais de uma só vez.

Chamamento em turmas também desagrada Polícia Civil

A falta de estrutura também foi usada pela chefia de Polícia como justificativa para não convocar 650 aprovados excedentes para o curso preparatório. A informação foi repassada, hoje, ao presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, que confirmou haver evolução nas negociações. O aceno positivo do Estado é de chamar pelo menos a metade dos aprovados, e o sindicalista reclama. “Nós acreditamos ser possível formar essa turma de 650 de um só vez. Se o estado quer economizar é melhor fazer um curso só do que arcar com as despesas em dobro ao dividir os aprovados”, rebateu Ortiz. Outro entendimento é o de que os excedentes, por não estarem sendo nomeados de imediato, poderão, em vez de salários, receber uma bolsa mensal de R$ 1,4 mil durante o curso.

Os aprovados da Polícia Civil tiveram a garantia de ingresso na corporação dada pelo ex-governador, Tarso Genro, que se comprometeu com o grupo durante a campanha eleitoral. Os concursados que passaram nas provas dizem ter começado o ano desempregados e com futuro incerto.

Fonte:Rádio Guaíba