Agentes da Susepe doam sangue durante paralisação estadual

Foto: Susepe / Divulgação
Foto: Susepe / Divulgação

A atividade coletiva faz parte das manifestações da classe previstas para esta terça-feira

Agentes penitenciários da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) de Santa Maria realizam, durante toda a terça-feira, uma paralisação contrária aos cortes feitos pelo governo estadual na área de segurança pública.

Pela manhã, cerca de 35 agentes penitenciários e administrativos, que estavam de folga, foram até o Hemocentro Regional para realizar uma doação de sangue coletiva.

De acordo com uma liderança da Susepe, que preferiu não se identificar, a iniciativa objetiva mostrar à população e, principalmente, ao governo, que os trabalhadores da categoria “doam a própria vida para proteger a população, se arriscando em prol da segurança pública”.

Após a doação de sangue, os agentes penitenciários devem seguir até as casas prisionais para manifestar apoio aos demais funcionários que estão de plantão. As atividades nas casas prisionais não devem sofrer alterações e também não serão interrompidas.

Com a paralisação, apenas os serviços previstos por lei serão mantidos nesta terça, como alimentação, movimentação no pátio das casas prisionais e atendimentos médicos de emergência. Não serão cumpridos mandados de prisão, operações policiais e procedimentos que envolvam a polícia judiciária.

Às 14h30min, está prevista uma reunião com representantes da Polícia Civil, na Praça Saldanha Marinho.

Não serão cumpridos mandados de prisão, operações policiais e procedimentos que envolvem a polícia judiciária Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS
Não serão cumpridos mandados de prisão, operações policiais e procedimentos que envolvem a polícia judiciária
Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS

Policiais Civis e agentes penitenciários paralisam atividades nesta terça-feira

Categoria se reúne em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre

Policiais Civis e agentes penitenciários da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) cruzam os braços, nesta terça-feira, no Rio Grande do Sul, em protesto aos cortes feitos pelo governo estadual na Segurança Pública.

Por volta das 8h, a categoria já começava a se reunir em frente ao Palácio da Polícia, na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre – onde cartazes com o dizer “A Polícia Civil vai parar pela sua segurança” eram colados nas paredes externas.

Com a paralisação, nesta terça, não serão cumpridos mandados de prisão, operações policiais e procedimentos que envolvem a polícia judiciária. De acordo com o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), agentes estão orientados a atender apenas casos de maior gravidade e flagrantes.

Entre os motivos da manifestação, de acordo com o sindicato, estão a reivindicação do reajuste dos subsídios, a convocação dos 650 concordados e o aumento do efeitos.

–  Essa paralisação é um grito de alerta para que a sociedade gaúcha saiba o que está acontecendo. Há uma onda de violência e não há resposta para isso, só cortes – afirma Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm.

De acordo com Ortiz, os cortes do início do ano estão se refletindo neste mês:

–  Antes ainda tinha verba para gasolina, para hora extra. Agora a redução foi de 50%. O governo está elegendo a Segurança Pública como bode expiatório, e as cidades estão entregues aos bandidos.

Segundo o sindicato, caso o governo Sartori encaminhe um projeto cancelando os reajustes da Polícia Civil e da Brigada Militar, a categoria estará disposta a acampar na Assembleia. Por enquanto, a paralisação ocorrerá até as 18h30min desta terça.

– Mas este é só o começo – alerta o representante da categoria.

*Zero Hora