DOENÇA MORMO: ACAS BM VÊ COM PREOCUPAÇÃO O USO DE CAVALOS NO POLICIAMENTO.

A equipe que autua no Policiamento Montado tem participação ativa em São Gabriel. Mas o emprego de animais preocupa a direção da Associação. Na foto, uma equipe da BM durante uma prisão ocorrido em 2013.
A equipe que autua no Policiamento Montado tem participação ativa em São Gabriel. Mas o emprego de animais preocupa a direção da Associação. Na foto, uma equipe da BM durante uma prisão ocorrido em 2013.

DOENÇA MORMO: ACAS BM VÊ COM PREOCUPAÇÃO O USO DE CAVALOS NO POLICIAMENTO. | A NOTÍCIA ONLINE

A mobilização dos servidores públicos em Porto Alegre, além de deliberar as ações de protesto às medidas do Governo do Estado, deixou a categoria da segurança pública de “orelha em pé”. Primeiro, Polícia Civil e agentes da Susepe anunciaram que – até o dia de hoje – o atendimento nas Delegacias e no Presídio seria reduzido. No caso da Civil, por exemplo, estão sendo atendidos crimes contra a vida ou ainda envolvendo violência contra grupo de vulneráveis. No Presídio Estadual a mobilização continua, mas a rotina mudou pouco. Os presos não seriam levados para audiências, no entanto, durante o período de paralisação, não houve agendamento. Já a visitação, na quarta-feira, limitou o número de pessoas por detento. Também não foi permitido o acesso à casa prisional com sacolas.
Em outro plano está a questão que envolve a Brigada Militar. A classe é muito afetada com as medidas de governo e, como não pode participar diretamente da paralisação (a Constituição Federal proíbe a greve de policiais militares), o policiamento ostensivo continua sendo realizado sem alterações.
A direção da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (ACAS-BM), no entanto, admitiu que vai fiscalizar os equipamentos e veículos disponibilizados pela entidade para o trabalho policial. O dirigente da Associação, Selmar Carbajal, lembra que o 4º Esquadrão tem apenas dois veículos aptos para circular em via pública. Além disso existe a questão do prazo de validade dos coletes.
Em Porto Alegre, em assembleia geral, ficou definido que – se confirmada a utilização de viaturas com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) vencido – as Associações apresentarão denúncia contra o Estado e cobrarão a autuação.
Em São Gabriel, a confirmação do Desfile Tradicionalista chamou à atenção para um problema de saúde animal que vem preocupado a classe produtora do Rio Grande do Sul: a doença mormo.
A confirmação do primeiro caso em um equino do rebanho gaúcho, em junho, colocou em alerta os criadores do Rio Grande do Sul. A doença debilita o animal, causando alterações respiratórias e provocando febre, podendo levar à morte. Além disso, é contagiosa e pode ser transmitida a pessoas.
A Brigada Militar de São Gabriel não poderá utilizar a Patrulha Montada durante as atividades de grandes aglomerações, como 20 de setembro e eventos no Parque Tradicionalista. O comandante da Unidade, capitão Anibal Menezes da Silveira, informou que os cavalos utilizados pela Patrulha não poderão ser empregados na Semana Farroupilha, “pois não há tempo hábil para licitar exames”. Segundo ele, o policiamento será prestado com o que estiver disponível.
Um ponto polêmico. A Patrulha Montada tem sido a “porta de escape” em ações de policiamento na zona central e bairros de São Gabriel. Desde que as Associações denunciaram o uso de veículos com o imposto atrasado, o uso de cavalos no policiamento tem sido uma alternativa.
Carbajal revelou a preocupação da entidade com essa medida, pois a doença é transmissível e “ataca” o ser humano. Piorou ainda mais com a revelação de que nenhum dos animais utilizados pela Patrulha passou pelo exame exigido pela Inspetoria Veterinária.
Em contraponto, o comandante da Brigada Militar garante que é seguro o emprego de cavalos neste tipo de policiamento, “pois onde não houver aglomerações, não é necessário exames”, explicou.
Hoje, a Brigada Militar emprega o uso de cavalos no policiamento ordinário, ou seja, em dupla ou trio. Tem sido normal, na área central, encontrar PMs circulando a cavalo.

FORA DO ESTADO
No Espírito Santo, em abril, 11 cavalos da Polícia Militar foram sacrificados após serem infectados por mormo. Todos os cavalos da polícia ficaram de quarentena desde o dia 31 de março. A doença mormo é provocada por bactérias que contaminam cavalos, burros e mulas e pode ser transmitida para o ser humano.

FONTE: https://n1noticia.wordpress.com/