Só 70 dos 400 policiais cedidos poderão retornar à Brigada Militar

MP é um dos órgãos que usa PMs cedidos em operações especiais, como a Leite Compen$ado. Foto: Arquivo
MP é um dos órgãos que usa PMs cedidos em operações especiais, como a Leite Compen$ado. Foto: Arquivo

Maioria já trabalha em atividades de responsabilidade da corporação

Menos de 1/4 dos policiais militares cedidos a órgãos administrativos e prefeituras poderão voltar para o policiamento ostensivo. O governador José Ivo Sartori anunciou ontem que até 400 brigadianos cedidos podem vir a ser reincorporados à instituição, caso um projeto do Executivo for aprovado na Assembleia Legislativa. A proposta deve ser encaminhada ao Legislativo em fevereiro.

A estimativa decorre da parcela expressiva de policiais que já é empregada em funções da Brigada Militar. Somente no Departamento de Comando e Controle Integrado, que monitora câmeras e recebe chamadas do telefone 190, são 170 policiais trabalhando.

Na Casa Militar, que engloba a Defesa Civil, aproximadamente uma centena de brigadianos está alocada. Outros 20 policiais exercem atividades no âmbito do Programa Estadual de Proteção a Testemunhas, o Protege. Além disso, um contrato importante é estabelecido com o Ministério Público. Quarenta brigadianos compõem operações especiais, como a Leite Compen$ado.

Assim, pouco mais de 70 PMs devem estar aptos a retornar ao policiamento ostensivo. Apesar disso, o comandante da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas, considera o projeto positivo. “Se retornarem 70, 100 policiais, seria resolvido um grande problema. Mesmo que venham para trabalhar nas atividades administrativas, está ótimo, porque posso retirar dessas funções policiais aptos para irem às ruas”, avaliou.

Conforme Freitas, 200 brigadianos já voltaram às ruas no ano passado. Quanto à nomeação de servidores aprovados em concurso, o secretário da Segurança, Wantuir Jacini, disse, hoje, em evento da Operação Golfinho, que a expectativa é poder chamar os servidores até o fim do ano. O decreto do governador que proíbe a contratação permanece em vigência.

Fonte:Samantha Klein/Rádio Guaíba