Novo presidente do TJ: “Crise fiscal não pode ser programa de governo”

Difini, ao centro, é o novo presidente do Judiciário gaúcho Foto: Mateus Ferraz /Gaúcha
Difini, ao centro, é o novo presidente do Judiciário gaúcho
Foto: Mateus Ferraz /Gaúcha

Desembargador Luís Felipe Silveira Difini assume o Judiciário gaúcho

A troca de comando do Judiciário gaúcho, realizada na tarde desta quarta-feira (3), foi marcada por críticas ao governo de José Ivo Sartori. O desembargador Luís Felipe Silveira Difini, no início do discurso de posse como presidente do poder, afirmou que a “crise fiscal não pode ser programa de governo”.

“Programa de governo é promover o desenvolvimento do Estado. É a melhoria da saúde, da educação”, afirmou.

A fala de Difini mostra que as diferenças entre o Judiciário e o Executivo, que atingiram seu ápice no final de 2015, devem seguir em 2016. O principal fato que gerou ruídos nas relações é o congelamento do projeto de lei que concede reajuste aos servidores da Justiça gaúcha. A matéria está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa e ainda não está pronta para ser votada em Plenário.

“Confio na sensibilidade do Legislativo para a aprovação. Já é tarde, mas ainda há tempo”, avaliou.

Em relação aos demais projetos do Executivo aprovados pelo Legislativo, Difini lembrou que eles foram definidos como “remédio amargo” por Sartori. “Esperamos que esse remédio cure o doente”, ironizou.

Quem sai

No último discurso à frente do Tribunal de Justiça gaúcho, o agora ex-presidente José Aquino Flôres de Camargo falou por 40 minutos. Grande parte do tempo foi destinada a exaltar os feitos dele à frente do TJ. No entanto, Camargo afirmou que considera “erro político” o congelamento dos salários dos servidores do Judiciário.

GAÚCHA