Secretaria volta a descartar contratação de novos servidores para a segurança

17942435O delegado Emerson  Wend assume nesta quinta-feira o cargo antes ocupado por Guilherme Wondracek

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, a Secretaria da Segurança Pública detalhou as mudanças na cúpula da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Durante a conversa, que ocorreu no prédio do órgão, no centro de Porto Alegre, o secretário Wantuir Jacini apresentou o novo chefe de polícia, delegado Emerson Wendt, e destacou que, no momento, não há a possibilidade de contratação de novos servidores pela dificuldade financeira.

Consciente das dificuldades financeiras do Estado, o delegado Wendt, que assume nesta quinta-feira o cargo antes ocupado por Guilherme Wondracek, afirma que a entrada de novos policiais e promoções na Polícia Civil deve ser pensada em um segundo momento.

Ele ainda reconhece o impacto dos cofres vazios na segurança pública. Sobre a possibilidade de parcelamento dos salários, ele, que atuava como diretor do Denarc, afirmou ser “um temor”, por acaba “desmotivando os policiais”.

O problema da escassez de policiais não se resume à Polícia Civil. Sobre a busca por PMs temporários para liberar servidores contratados para o policiamento ostensivo, Jacini afirmou que, pela lei, seria necessário chamar antes os aprovados em concursos, mas, para isso, é preciso antes chegar a um “equilíbrio fiscal”.

As prioridades

O novo chefe da Polícia Civil ressaltou que trabalha com metas e inteligência e que isso será conversado com sua nova equipe, que deve se formar até sexta-feira. O foco de atuação de Wendt será o tráfico de drogas, o roubo de carros e os homicídios.

Como forma de contribuir para a eficiência na segurança público, o secretário defendeu o trabalho em parceria com o Judiciário e Ministério Público. Jacini destacou que necessita de apoio dos demais setores para endurecer punições e diminuir o “prende e solta, que alimenta o ciclo da impunidade”. Ele afirmou que deve marcar audiência com presidente do TJ para tratar do problema.

O secretário destacou, ainda, que o Congresso precisa analisar a “flacidez” das leis brasileiras, especialmente sobre crimes hediondos.

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