Agentes penitenciários iniciam hoje operação padrão

Susepe fará um balanço no fim do dia para apontar se houve prejuízo no serviço nos presídios Foto: Germano Rorato /Especial
Susepe fará um balanço no fim do dia para apontar se houve prejuízo no serviço nos presídios
Foto: Germano Rorato /Especial

Ação ocorre como repúdio à falta de servidores e ao parcelamento de salários

Os agentes penitenciários do Rio Grande do Sul iniciaram nesta segunda-feira (7) uma operação padrão em todo o estado. A ação é um repúdio à falta de servidores e ao parcelamento dos salários. Em princípio, a mobilização vai ocorrer até o dia 15 deste mês, quando o governo vai pagar na íntegra a folha salarial. Os setores que mais devem ser atingidos serão as escoltas de presos e o trabalho interno através de parcerias com empresas.

Flávio Berneira, presidente da Amapergs/Sindicato, diz que cada presídio terá de observar suas peculiaridades conforme a orientação repassada. Segundo ele, os serviços só poderão ser realizados se estiverem dentro das normas de segurança. Ele dá o exemplo das escoltas. Somente na Grande Porto Alegre, são mais de cem por dia e a regra determina que dois agentes devem transferir por vez somente um preso para algum destino. Mas Berneira lembra que há casos em que um grupo de 30 apenados é conduzido para audiências no Foro Central de Porto Alegre por apenas oito servidores.

Em relação ao trabalho interno, o sindicato orienta que os agentes, que já são responsáveis pela segurança de todo um presídio, não sejam deslocados para ter uma tarefa extra, que neste caso, é monitorar também as atividades através de convênios com empresas. Berneira ainda destaca que grande parte do trabalho é dentro das casas prisionais, mas alguns ocorrem também nas sedes das empresas.

“O objetivo não é boicotar estas atividades ou as escolas, mas fazer uma operação padrão, ou seja, se atender as normas de segurança, elas serão feitas. Caso contrário, não. É comum transferir presos com viaturas apresentando problemas nos freios, pneus carecas, entre outras questões”, afirma Berneira.

A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) espera até o final do dia para ter um balanço das atividades e detectar se houve algum prejuízo.

GAÚCHA