Medida decorreu de parcelamento de salário
Agentes penitenciários do Rio Grande do Sul confirmaram, para esta terça-feira, o fim da operação-padrão deflagrada pela categoria no sistema prisional. O protesto, deflagrado na segunda-feira passada, decorreu do parcelamento de salários, aliado à falta de efetivo e de condições de trabalho.
O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs) informou que mais de 500 audiências de custódia deixaram de ser realizadas em meio à mobilização. O cálculo é do diretor da entidade, Cristiano Fortes. “Amanhã, vamos dar encerramento à operação-padrão, mas sempre priorizando a questão da segurança e falta de efetivo. Na Grande Porto Alegre, temos plena certeza de que mais de 500 audiências não foram realizadas nesse período”, avaliou.
Em contrapartida, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) confirmou o adiamento de 276 audiências, em função do baixo efetivo de servidores fazendo o transporte de presos com processo em andamento.
O Amapergs adverte que novas operações-padrão podem ser realizadas, nos próximos dias. Hoje, o déficit é de 3,5 mil agentes, segundo Fortes. Durante o protesto, a escolta de presos para audiências ocorreu apenas em viaturas com condições de trafegabilidade e segurança. Detentos do complexo prisional de Charqueadas foram, segundo o sindicato, os que sentiram o maior impacto.