OUÇA ENTREVISTA :Sartori confirma cedência de PMs para Olimpíada do Rio

18533942No entanto, governador garante que policiais não serão retirados das ruas e número enviado será menor que o requisitado

O governador José Ivo Sartori descartou nesta terça-feira (12) a possibilidade de o Rio Grande do Sul não enviar policiais militares para comporem a Força Nacional, que irá atuar nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, Sartori disse que o número de PMs requisitados pelo Ministério da Justiça foi de cerca de 500 agentes, mas a quantidade está sendo negociada e será menor.

“Não existe essa possibilidade de não ceder. Eles pediram em torno de 500 policiais e estamos dispostos a ajudar, mas não nessa condições. E não serão enviados aqueles que trabalham na rua”, garante Sartori.

Segundo o governador, a prioridade no envio será de homens e mulheres que atuam na esfera administrativa. Entre as justificativas para ceder os PMs estão as possíveis sanções da União.

“Mesmo sendo um pacto federativo às avessas, ainda assim temos negociações e contrapartidas, como armamentos, viaturas, coletes e munição”, afirma Sartori.

Dívida com a União
O governador do Estado também comentou a obtenção de liminar que suspendo temporariamente o pagamento das parcelas da dívida com o governo federal. A decisão da Justiça foi comemorada. Segundo Sartori, a suspensão permite ampliar o fôlego financeiro do Executivo.

“Permite investir mais em segurança e em outras questões sociais. Desde o começo do nosso governo procuramos todos os dias pagar a folha do funcionalismo”, diz.

O governador não adiantou qual a área receberá prioridade a partir do recurso extra que irá sobrar. Segundo ele, o impacto financeiro da decisão judicial ainda está sendo calculado pela Secretaria da Fazenda e pela Procuradoria Geral do Estado.

Impeachment

Sartori evitou abrir a sua posição sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Questionado sobre o tema, disse esperar que a decisão do Congresso transcorra de forma “tranquila” e “serena” e reconstitua a capacidade econômica do país. E lembrou o impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992.

“Quando o (vice) Itamar Franco (PMDB) assumiu, ele conseguiu organizar um governo plural e democrático. E teve gente que fala hoje em golpe que, naquela época, pediu também o impeachment do Itamar. No entanto, ele construiu aquilo que tivemos até agora: estabilidade econômica e combate ao processo inflacionário”, disse Sartori.

GAÚCHA