Reunião na Capital trata do fechamento de unidades em Rio Grande

Major André falou sobre as questões que envolvem o fechamento das unidades
Major André falou sobre as questões que envolvem o fechamento das unidades

Na quinta-feira (7), uma comissão de vereadores estará em Porto Alegre, para reuniões com a Secretaria de Segurança, IGP e Brigada Militar. Uma questão extremamente importante para o Município, e que deverá ser a pauta principal, é o fechamento de duas das três unidades de Bombeiros em Rio Grande. O comandante regional, major André Ricardo, relata que, efetivamente, se houver dois incêndios em um final de semana ou feriado, somente o primeiro que chamar será atendido. Se for durante a semana, o pessoal que atua na administração ainda poderá ajudar.

O efetivo para atendimento e combate a incêndio é, hoje, de 27 homens, quando, na verdade, deveria ser de 42. Para entender por que duas unidades (Cassino e Trevo) não estão abertas, é preciso saber que, para abrir um quartel de Bombeiros, são necessários 16 profissionais só no combate a incêndios. Assim, Rio Grande deveria ter 48 bombeiros neste vértice. Por este motivo, a unidade do Trevo abre dia sim, dia não. A unidade do Cassino não tem motorista para o caminhão. Portanto, não abre. “Hoje, o nosso déficit humano beira os 74,5%”, ressalta o major André.

O major informou que a corporação tem, hoje, 15 bombeiros fora de atuação, 10 deles estão em tratamento de saúde, quatro estão de férias e um aguardando a reserva (aposentadoria). Dos 10 de licença, cinco são motoristas. Ainda, conversando com alguns bombeiros, eles relatam que o parcelamento dos salários é algo que os coloca em permanente estado de estresse, e como driblar esta falta de efetivo? “Nós compensamos esta contenção com tecnologia. Até agora, não houve decréscimo de qualidade do atendimento, porque aumentamos a prevenção”, salientou o comandante.

Outro problema é o corte das horas extras. O Governo do Estado reduziu em torno de 35% as horas extraordinárias. Isso significa que alguns dos 27 homens atuando hoje irão ficar em casa. “O Estado não tem como pagar e não tem como compensar em folga”, frisou o major André. Ele relatou que o Estado tem 124 quartéis de Bombeiros. “E, essa situação vivida aqui em Rio Grande não é  ‘privilégio’. Todos estão passando pelo mesmo problema”, finalizou.

Por Anete Poll

Jornal Agora