RS fica fora de ranking dos 10 Estados ‘mais gastadores’ entre 2009 e 2015

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Levantamento contraria tese de que o Rio Grande do Sul foi um dos campeões em “gastança com aumentos de servidores” nos últimos anos. (Foto: Caroline Ferraz/Sul21)
Levantamento contraria tese de que o Rio Grande do Sul foi um dos campeões em “gastança com aumentos de servidores” nos últimos anos. (Foto: Caroline Ferraz/Sul21)

Marco Weissheimer

O Rio Grande do Sul não está na relação dos dez estados brasileiros que mais aumentaram gastos com folha de pagamento no período entre 2009 e 2015. O levantamento foi divulgado neste domingo (24) pelo jornal O Globo, que, utilizando dados oficiais do Ministério da Fazenda, fez um ranking dos estados que mais gastaram com pessoal no período citado. O líder do ranking é o Rio de Janeiro, governado pelo PMDB, que registrou um aumento de 69,6% nos gastos com pessoal entre 2009 e 2015. Em segundo lugar, vem o Estado de Santa Catarina, governado por Raimundo Colombo (DEM e, depois, PSD) em todo o período citado, com um aumento de 64,8% nos gastos. O Estado de Minas Gerais, apontado pelo PSDB como um “modelo de responsabilidade fiscal”, aparece em 9º lugar no ranking dos “mais irresponsáveis” com um aumento de 46,3% nos gastos com pessoal.

O Rio Grande do Sul aparece só em 12º na lista com 39,5% de aumento nos gastos com pessoal. O número ficou abaixo do índice da inflação no período que foi de 45,3% (medida pelo IPCA). A folha de pagamento, que em 2009 era de 15,6 bilhões, foi para R$ 21,8 bilhões em 2015. O levantamento contraria a tese de que o governo Tarso Genro (PT) foi um dos campeões nacionais de “gastança” com servidores públicos o que teria causado a “quebra do Estado”, argumento bastante utilizado pelo PMDB, PP, DEM e PSDB na campanha eleitoral e neste início do governo Sartori.

Durante a campanha, o Estado de Santa Catarina foi mencionado pela senadora Ana Amélia Lemos e pelo candidato do PMDB, José Ivo Sartori, como um modelo a ser seguido, entre outras coisas, por sua responsabilidade fiscal. O tema foi objeto de permanente disputa também durante o governo Tarso Genro que sofreu críticas constantes por “gastar demais com aumentos salariais para servidores” e não seguir o modelo de responsabilidade fiscal que, supostamente, estaria sendo adotado por outros Estados que agora aparecem no ranking dos que mais gastaram com folha de pagamento.

SUL21

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