Parcelamento de salários deve ter linha de corte mais baixa em junho

Governo Sartori começará a pagar seis parcelas relativas ao 13º salário. Foto: Samuel Maciel / CP Memória
Governo Sartori começará a pagar seis parcelas relativas ao 13º salário. Foto: Samuel Maciel / CP Memória

Governo Sartori começará a pagar seis parcelas relativas ao 13º salário

O parcelamento da folha de pagamento do funcionalismo estadual não apenas deve se repetir, como a linha de corte deve ser ainda mais baixa do que as anteriores a partir de junho. No mês que vem, o governo Sartori terá de seguir administrando os problemas de caixa com um novo impacto: o início do pagamento das seis parcelas relativas ao 13º salário do funcionalismo.

Na conta, além do valor de uma folha integral, que gira em torno de R$ 1,150 bilhão, o governo terá de desembolsar 25% a mais, aproximadamente R$ 240 milhões, a título do abono indenizatório que será pago aos servidores que optaram por retirar empréstimo pessoal, para receber o 13º em dezembro; e também aos que puderam esperar para receber. As primeiras cinco parcelas, de junho a outubro, são referentes a 10% do valor da folha, ficando em torno de R$ 115 a R$ 120 milhões. A sexta parcela, que precisa ser quitada em novembro, será de 50% do valor.

Uma das saídas do governo na tentativa de amenizar o impacto no Tesouro é a negociação da venda da folha de pagamento que ficaria integralmente sob administração do Banrisul, iniciativa que pode se concretizar até o fim deste mês. Não há estimativa precisa, mas transação semelhante, realizada em Pernambuco, em novembro de 2015, gerou R$ 800 milhões para folha de 240 mil servidores. No Rio Grande do Sul, são cerca 320 mil servidores, o que poderia gerar reforço estimado de R$ 1,2 bilhão em caixa.

 Ameaça permanece
A projeção da Secretaria da Fazenda de que duas folhas de pagamento do funcionalismo iriam se encontrar possivelmente nos meses de junho e julho, por ora, foi suspensa, mas a possibilidade pode voltar a ser uma ameaça. O governo apenas conseguiu evitar o cenário de não ter quitado uma folha na data de vencimento da próxima, em função da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal, que impede o bloqueio das contas do Estado devido aos atrasos no pagamento das parcelas da dívida com a União.
Fonte:Taline Oppitz/Correio do Povo