A RAZÃO: “Meu partido é a Polícia Civil”

O delegado regional de polícia Sandro Meinerz, 45 anos, que é natural de Santa Rosa e mora desde 2004 em Santa Maria, faz um balanço do primeiro ano (Divulgação / A Razão)
O delegado regional de polícia Sandro Meinerz, 45 anos, que é natural de Santa Rosa e mora desde 2004 em Santa Maria, faz um balanço do primeiro ano (Divulgação / A Razão)

O delegado Sandro Meinerz completa 1 ano à frente da Delegacia Regional de Polícia Civil

por Raul Pujol

Há um ano no comando da Delegacia Regional de Polícia Civil, o delegado Sandro Meinerz, 45 anos, natural de Santa Rosa, reside em Santa Maria desde 2004. No dia 8 de junho do ano passado, ele recebeu um dos principais desafios da sua carreira: comandar cerca de 200 servidores de 26 delegacias de 21 municípios da região Central do Estado. Uma das suas principais metas no cargo era criar a Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD), ideia que ganhou o respaldo do secretário estadual de Segurança Wantuir Jacini, e está em funcionamento desde fevereiro deste ano.

Meinerz, que se formou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), acumula uma vasta experiência ao longo de sua trajetória profissional: já foi titular da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), da 3ª Delegacia de Polícia Civil, além de ter atuado como delegado substituto em todas as delegacias da cidade e em algumas cidades da região. À noite, Meinerz atua como professor de Direito Penal e Processo Penal no Centro Universitário Franciscano (Unifra).

“O Sandro conheço desde os tempos da faculdade, desde a época de UFSM. Ele é um grande profissional, espero que continue realizando um bom trabalho na região Central, junto com a sua equipe”, diz o chefe de Polícia Civil Emerson Wendt, que é natural de Dona Francisca.

O balanço dos primeiros cincos meses do ano

De 1º de janeiro até o dia 31 de maio, a Polícia Civil da região Central realizou 14 operações policiais. Neste período, foram cumpridos 301 mandados de busca e apreensão, o equivalente a mais de duas ações por dia. Além disso, foram presas 112 pessoas (36 em flagrante, 6 foragidos e 70 preventivos ou temporários) e 14 adolescentes apreendidos. Outro número importante do balanço divulgado é que 70 armas de fogo foram retiradas de circulação, assim como 22,5 quilos de maconha e 550 gramas de cocaína.

Confira abaixo a entrevista com o delegado Sandro Meinerz:

A Razão – Como o senhor avalia este primeiro ano à frente da Delegacia Regional?

Sandro Meinerz – Apesar de dificuldades financeiras em função da situação econômica do Estado, tivemos um bom primeiro ano. A minha primeira meta era criar a Delegacia de Homicídios, que se tornou realidade em fevereiro e está dando boas respostas. Há muitos anos não era criada uma nova delegacia na cidade, a última tinha sido a Delegacia do Idoso. Conseguimos realocar funcionários, distribuir melhor os recursos e assim nasceu a DHD.
A polícia, neste ano, está tendo um ritmo tão bom quanto ao mesmo período do ano passado no sentido de prisões, operações e conclusões de inquéritos. Nós produzimos mais inquéritos do que em 2015, 2014 e 2013.

A Razão – Quais são os principais desafios pela frente?

Sandro Meinerz – Nós temos que avançar na repressão ao crime organizado. Neste contexto, não está somente o tráfico de drogas, mas também os furtos e roubos. Queremos dar melhores respostas e reduzir estes tipos de crimes, já que com a criação da DHD, os outros distritos policiais estão podendo se dedicar mais aos crimes patrimoniais. Queremos aumentar o índice de elucidação dos casos de roubos.

A Razão – Como o senhor enxerga o atual momento da segurança em Santa Maria e região?

Sandro Meinerz – Na Quarta Colônia a situação está tranquila, em São Pedro e Tupanciretã tivemos alguns problemas, mas já resolvemos realizando diversas prisões. Em Santa Maria, nossa próxima e principal meta é reduzir o número de roubos, um dos fatores que causam uma sensação de insegurança na população. É ruim saber que o vizinho foi assaltado na esquina ou o estabelecimento comercial, ao lado da tua casa, foi assaltado.

A Razão – Quais dificuldades o senhor encontrou ao assumir o cargo?

Sandro Meinerz – A maior dificuldade é administrar sem ter recursos. É uma situação um pouco ingrata porque não temos dinheiros para investir. Então temos que encontrar soluções inovadoras para resolver os problemas, trabalhar com instituições parceiras. Esperamos que a situação financeira do Estado melhore com o decorrer do tempo. Assim poderemos ter mais verbas de manutenção de viaturas, horas extras para os policias, entre outras coisas. Sempre olho para o futuro com um ar de esperança, sou otimista.

A Razão – Como é a sua relação com o secretário Jacini e o CHEFE Wendt?

Sandro Meinerz – Tenho uma relação muito boa, harmoniosa, com os dois. Com o Wendt, principalmente, já que nos conhecemos desde os tempos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Além disto, quando eu era o titular da Defrec na região, ele era diretor do Departamento de Narcótico da Polícia Civil (Denarc), então estávamos sempre em contato. Já o secretário Jacini apoiou a criação da DHD desde o princípio.