Em depoimento, moradora de rua afirma que entrou no prédio da Secretaria de Segurança para furtar armas

Prédio da cúpula da segurança foi invadido na madrugada Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Prédio da cúpula da segurança foi invadido na madrugada
Foto: Diego Vara / Agencia RBS

Naiane dos Santos, 33 anos, ainda disse que no local encontrou um molho de chaves que a possibilitou abrir salas

A moradora de rua Naiane dos Santos, 33 anos, assumiu o furto de equipamentos do prédio onde funciona a cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, no centro de Porto Alegre. Em depoimento ao delegado Omar Abud, titular da 17ª Delegacia de Polícia da Capital, Naiane disse que entrou no imóvel, na Avenida Voluntários da Pátria, por volta de 23h45min de segunda-feira com a intenção de furtar armas. Ela sabia que o local era a sede da SSP, afirmou o delegado.

— Ela entrou pelos fundos, aproveitando uma porta que estava aberta, e foi procurando objetos que pudessem ser vendidos na rua — contou Abud.

Já dentro do prédio, Naiane encontrou um molho de chaves que a possibilitou entrar em diversas salas. A moradora de rua usou também uma chave de fenda para abrir uma porta e pulou uma divisória.

— Ela foi entrando em locais que não tinha gente. Disse que as divisórias são fáceis de abrir — acrescentou o delegado.

Em uma das salas, a invasora encontrou uma mochila. No acessório, Naiane colocou um notebook, um celular, quatro pendrives e o pó de café que havia furtado. Antes de sair, fez um lanche no refeitório, revelou em depoimento.

Ela foi detida para prestar depoimento e liberada em seguida. Naiane deve ser indiciada por furto qualificado.

— Estamos tentando recuperar os objetos. As informações (que ela passou) são bem complicadas — finalizou Abud.

No prédio funciona departamento que monitora ruas da Capital

A moradora de rua acessou o segundo andar da SSP, onde funcionam os setores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e o Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI). Este último é responsável por gerenciar o atendimento das chamadas de emergência e monitorar 24 horas, por meio de câmeras, a ação de criminosos na Capital.

Enquanto policiais civis e militares e outros servidores da segurança faziam plantão neste setor de monitoramento, que funciona no andar térreo, a invasora entrou no prédio, subiu até o segundo andar pelas escadas e chegou a uma das salas da Susepe.

Em agosto do ano passado, o posto do Banrisul que funciona no pátio da SSP também foi alvo de criminosos. Assim que abriu, na manhã de 7 de agosto, o posto foi assaltado. Os dois ladrões levaram R$ 20 mil e fugiram a pé sem serem vistos pela segurança da SSP, que é feita pela Brigada Militar.

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