Servidores devem fazer pressão sobre os deputados para que revertam a decisão na Assembleia
Termina amanhã o prazo para que o governador vete o aumento de 8,13% concedido a servidores da Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa. Aprovados pelos deputados em 17 de maio, os reajustes devem custar cerca de R$ 195 milhões por ano para os cofres gaúchos.
Fontes no Palácio Piratini dizem que José Ivo Sartori deve assinar o veto ainda hoje, para que a publicação conste no Diário Oficial desta sexta. A aprovação pelo Parlamento gerou efeito entre os funcionários do Executivo, que passaram a exigir o mesmo percentual de aumento.
Para manter a política de austeridade e de ajuste fiscal, Sartori já anunciou previamente o veto, mas a medida não foi confirmada até o momento. Hoje, em evento no Piratini, o governador evitou o assunto. Servidores públicos mantém aposta na palavra do governador e a expectativa é de que o veto seja encaminhado à Assembleia Legislativa.
Nesse contexto, o presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público (Simpe) adverte para uma pressão sobre os deputados, a fim de derrubar o veto. Beto Ledur se mostra confiança e espera ampliar os votos que viabilizaram o reajuste.
“Nós já estamos mobilizados, inclusive com os servidores do Interior, e o pedido é para que busquem o diálogo com os deputados de suas regiões. Vamos procurar os parlamentares nos seus gabinetes e manter presença ostensiva nas galerias. Acreditamos que vamos derrubar o veto do governador com um número maior do que os 35 votos que garantiram o reajuste, sendo muitos deles de deputados da base”, ponderou.
A proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias, elaborada pelo Executivo, já prevê para 2017 um congelamento de salário em todos os Poderes e mantém os gastos atuais com o custeio.