Primeiras mudanças já são esperadas no comando

A nova estrutura terá órgãos de direção, de apoio e de execução, sob administração do seu Comando-Geral
A nova estrutura terá órgãos de direção, de apoio e de execução, sob administração do seu Comando-Geral

No embalo da aprovação do projeto de lei complementar que dispõe sobre a organização básica do Corpo de Bombeiros no Estado, o comando local já se prepara em função das consequentes mudanças. Além do uniforme, que já está em processo de troca, há ainda a questão da nomenclatura também a curto e médio prazo. A principal expectativa fica por conta da questão estrutural e do efetivo da corporação.

A reportagem do Grupo JM esteve em contato com o major Claiton Marmitt, que conversou sobre a manobra aprovada na sessão da última terça-feira, na Assembleia Legislativa. A medida, aprovada por unanimidade, é o primeiro passo para o desmembramento dos Bombeiros da Brigada Militar. A nova estrutura terá órgãos de direção, de apoio e de execução, sob administração do seu Comando-Geral, que será indicado pelo secretário responsável pelos assuntos de segurança pública e nomeado pelo governador.

O projeto de lei prevê comandos regionais, responsáveis pelas atividades administrativo-operacionais, e departamentos que farão a organização das atividades de logística, patrimônio, administração financeiro-contábil, pessoal e outras, de acordo com as necessidades.

“A tendência é que estruturalmente não hajam mudanças (no comando local). A questão de responsabilidade territorial nós continuaremos com a mesma área de ação, onde hoje temos 60 municípios e nesses 60 temos oito frações do Corpo de Bombeiros, o que muda em um primeiro momento serão as terminologias”, revelou o major Claiton. A partir dessas mudanças, o Corpo de Bombeiros passará a ser denominado 12º Batalhão de Bombeiro Militar. Hoje o comando é designado como 12º Comando Regional dos Bombeiros. “Terminologicamente há um rebaixamento, mas na prática há uma evolução. Existe uma tendência que todos os batalhões, assim como a Brigada Militar, sejam comandados por um tenente-coronel”, acrescentou.

Questionado sobre a situação do excesso de abrangência dos batalhões, o major lembrou que está aí um dos principais motivos pela separação das instituições. Marmitt acredita que em longo prazo essa defasagem possa ser sanada com a consequente autonomia financeira. “O nosso verdadeiro objetivo é que essa nova instituição possa crescer e se expandir nos municípios. Hoje apenas 96 dos 497 municípios possuem frações dos bombeiros”, pontuou.

Sobre a questão do uniforme, onde alguns comandos já efetuaram a mudança, o major lembrou que algumas frações locais, como Horizontina, já se adequaram e esse processo vem sendo retardado também pela deficiência financeira do Estado.

JORNAL DA MANHÃ