Reposições começam a ser pagas

20028321O governador José Ivo Sartori encaminhou comunicado à presidência da Assembleia informando que não sancionará os cinco projetos relativos à reposição salarial de 8,13% aos servidores do Judiciário, Legislativo, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e Defensoria Pública. Sartori havia vetado os reajustes, mas os vetos foram derrubados pelo plenário na última terça feira, com votos de deputados da base aliada. Com a decisão de Sartori — que para marcar posição fez uso inédito de comunicação oficial, ao invés de silenciar, como é a praxe — a estimativa é a de que a presidente da Assembleia, Silvana Covatti, promulgue os projetos entre segunda e terça-feira. O movimento do Executivo deu início à análises, nos poderes e órgãos, sobre como serão pagos os valores, retroativos a janeiro deste ano. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, em encontro com representantes de sindicatos de categorias do Judiciário, informou que serão pagos ainda este mês, em folha suplementar, os valores relativos aos meses de maio e junho. Um cronograma referente ao restante do débito ainda não foi estabelecido. No Ministério Público, a intenção é a mesma. Na Assembleia, estão em discussão duas possibilidades: pagar o valor total da retroatividade em folha suplementar no dia 5 de agosto; ou antecipar a quitação, também em parcela única, entre os dias 25 ou 29 deste mês. No caso do Judiciário, o parcelamento gerou insatisfação e críticas. Segundo o coordenador do Sindjus/RS, Marco Aurélio Weber, a categoria está indignada. Weber destacou que o principal argumento na defesa de aprovação da proposta pelo TJ, para contrapor o discurso do Executivo, de que a iniciativa era inoportuna devido à crise financeira, era o de que o Judiciário contava com recursos para bancar a reposição. “Estamos surpresos. É uma contradição muito grande. Antes havia recursos e agora vamos ter que receber parcelado?”, questionou.

CORREIO DO POVO