Schirmer negocia com Ministério da Justiça prorrogação da Força Nacional no RS

356
Força Nacional desembarcou em Porto Alegre no fim de agosto Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
Força Nacional desembarcou em Porto Alegre no fim de agosto
Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

Ainda não há definição sobre o período de permanência das tropas que será solicitado pelo secretário da Segurança Pública 

Por: Débora Ely ZERO HORA

Anunciada como parte da estratégia para desafogar a crise na segurança pública, a Força Nacional deve manter esforços concentrados em Porto Alegre caso o governo federal aceite o pedido de renovação das tropas em território gaúcho. O secretário da Segurança Pública, Cezar Schrimer, negocia com o Ministério da Justiça a prorrogação da permanência da corporação no Estado. As tratativas ainda estão em fase preliminar.

Em entrevista a Zero Hora, Schirmer confirmou que pediria que a Força Nacional ficasse por mais tempo e se ampliasse. No entanto, não há definição sobre quantos homens estarão no pedido ou por quanto tempo será solicitada a prorrogação. Também não foi divulgado prazo para o anúncio da medida.

O reforço de 136 homens desembarcou em Porto Alegre em 28 de agosto na tentativa de contribuir para conter o avanço da criminalidade durante dois meses. Ou seja, o prazo se encerra em duas semanas, e as tropas, que acumulam uma avaliação positiva das autoridades gaúchas, iriam embora.

Responsável pela operacionalização da Força Nacional no Estado, o comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Alfeu Freitas, sugere a presença da corporação até 31 de dezembro. Isso porque, um dia antes, 150 policiais militares se formam no Estado e seriam escalados para aumentar o policiamento.

— Para mim, seria importante que a Força (Nacional) ficasse, no mínimo, até o final do ano, quando eu terei novos policiais militares para suprir o policiamento ostensivo. Se prorrogado por mais tempo, entendo que é oportuno — observa Freitas.

Durante o verão, as tropas nacionais ainda poderiam suprir a parte do efetivo deslocada para o Litoral por conta da Operação Golfinho. Mas os homens seguiriam com a atuação exclusiva em Porto Alegre, uma vez que, segundo o coronel, parte deles ainda enfrenta dificuldades de se localizar.

— Seria uma dificuldade mandá-los para outros locais que eles não conhecem. Se isso acontecer (houver aumento no efetivo da Força Nacional), posso enviar a Brigada Militar para cidades onde existe demanda maior, mantendo a Força Nacional em Porto Alegre — explica.