Rádio Guaíba: Brigadianos decidem retomar o aquartelamento para protestar

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11947509_528811520610939_1187839601451436457_nAmeaça do governo não cumprir com calendário de aumentos e atraso nos salários incentivam mobilização

Protestos com aquartelamentos podem voltar a acontecer na Brigada Militar, a exemplo do que ocorreu no primeiro ano do governo José Ivo Sartori, do PMDB. A Associação dos Cabos e Soldados da BM já realiza uma consulta junto aos integrantes da corporação na Capital e pelo interior. A ação seria semelhante às manifestações de 2015, quando familiares de policiais militares bloquearam a entrada de batalhões impedindo a saída de viaturas para operações e policiamento ostensivo.

Entretanto, a possível mobilização tem um ingrediente a mais em relação ao passado. O aquartelamento no começo da gestão Sartori foi deflagrado pelo início da política de parcelamento de salários. Agora, além do coroamento do décimo parcelamento consecutivo, é somado o temor de não ter direito a aumentos. Um calendário de reajustes salariais foi aprovado, por lei, no governo Tarso Genro, do PT, estendendo parcelas até 2018. Pelo cronograma, faltam três gatilhos de 9%, um programado ainda para este ano e outros dois até o final de 2017 e 2018.

O secretário-geral da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, Ricardo Agra, sustenta existirem rumores que partem do próprio secretário da Fazenda dando conta de que o calendário de aumento esta inviabilizado. “Fomos pegos de surpresa com a informação de que o poderoso secretário da Fazenda, Giovani Feltes, anda dando declarações revelando que o estado não tem condições em cumprir com este calendário. Seria um desrespeito uma lei aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa e este ingrediente representa um pólvora para nossa mobilização de aquartelamento”, adiantou.

Até o momento, os servidores do Executivo receberam R$ 780 referentes a parte dos salários do mês de outubro. Ontem, policiais civis paralisaram as atividades em razão do parcelamento. A categoria alega que a adesão foi de 90%.

Fonte:Voltaire Porto / Rádio Guaíba