Rádio Guaíba: Mesmo com ônibus-cela, PMs terão de manter custódia de presos até remoção

Ônibus-cela recebe primeiro preso em Porto Alegre | Foto: Reprodução / CP
Ônibus-cela recebe primeiro preso em Porto Alegre | Foto: Reprodução / CP

Viaturas, no entanto, ficarão liberadas para policiamento

Mesmo com o ônibus-cela da Susepe, uma das soluções da Secretaria de Segurança Pública (SSP) para abrigar detidos ainda sem vaga no sistema prisional, policiais militares continuarão sendo deslocados para fazer a custódia. Nesta quarta-feira, primeiro dia em que o veículo começou a ser utilizado, há um preso, e três policiais fazendo a segurança.

O Comando de Policiamento da Capital (CPC) esclareceu, por meio da assessoria de imprensa, que, em todos os horários, vai ser mantida uma dupla de policiais, possivelmente da Operação Avante, fazendo a segurança do veículo.

Cerca de 30 detentos podem ser abrigadas no ônibus cela. No entanto, para cada preso levado, um policial vai ser deslocado e permanecer no local. Se o preso quiser ir ao banheiro, por exemplo, ele deve custodiado pelo PM que o levou.

O CPC esclarece que essa é uma medida de segurança. Na prática, portanto, a medida emergencial da SSP resolve apenas o problema das viaturas, liberando os veículos para o policiamento. Os PMs, no entanto, seguem retidos na tarefa da custódia. A SSP esclarece que a medida é paliativa, enquanto centros de triagem não ficarem prontos, e que, apesar de reter policiais, as viaturas serão liberadas para circular com o restante das equipes.

O Trovão Azul, como é conhecido o ônibus-cela da Susepe, foi pintado de preto, passou por pequenas reformas e está estacionado na Academia de Polícia (Acadepol), no bairro Navegantes. O veículo foi utilizado por cerca de 30 anos no transporte de presidiários e havia sido aposentado em 2013.

A SSP também anunciou outras medidas para impedir que presos fiquem em viaturas da Brigada Militar: manutenção de detentos em contêineres e criação de dois centros de triagem, em Porto Alegre e em Charqueadas.

Fonte: Bibiana Dihl | Rádio Guaíba