Correio do Povo: Protesto contra governo Sartori teve princípio de confusão em frente ao Piratini

Diversos grupos de servidores derrubaram gradis de segurança e queimaram boneco do governador Sartori | Foto: Bernardo Bercht / Especial CP
Diversos grupos de servidores derrubaram gradis de segurança e queimaram boneco do governador Sartori | Foto: Bernardo Bercht / Especial CP

Diversos grupos de servidores derrubaram gradis de segurança e queimaram boneco do governador

*Com informações dos repórteres Bernardo Bercht e Lucas Rivas

Enfrentando fortíssimo calor, na tarde desta terça-feira, os servidores públicos de várias entidades do Rio Grande do Sul protestaram em frente ao Palácio Piratini e Assembleia Legislativa, inclusive com forte presença de representantes da Polícia Civil. Os grupos queimaram um boneco com a imagem do governador José Ivo Sartori e derrubaram gradis de segurança. A Tropa de Choque da Brigada Militar chegou a afastar manifestantes, mas após conversa com lideranças recuou. A manifestação começou a dispersar, mas não foi por força da polícia, mas por uma ventania intensa com a mudança do tempo.

Antes, no momento em que a tropa se afastou, ganhou até apoio do protesto. “Brigada, Brigada, Brigada”, gritaram os servidores. Para o dia da votação do pacote de Sartori na AL, os organizadores do protesto garantiram um contingente “dez vezes maior” de pessoas. Do carro de som, um dos manifestantes chegou a pregar a “invasão” da casa legislativa contra a aprovação.

Após pelo menos três atos nas ruas centrais, uma multidão seguiu protestando contra o pacote do governo Sartori que pretende extinguir fundações, assim como a PEC do teto de gastos do governo federal. Durante vários momentos, queimas de fogos de artifício chegaram a assustar alguns dos presentes, mas eram parte da manifestação e não houve correria.

Servidores derrubaram grades e tentaram invadir o Palácio Piratini. Foto: Bernardo Bercht / Especial CP
Servidores derrubaram grades e tentaram invadir o Palácio Piratini. Foto: Bernardo Bercht / Especial CP

Depois do princípio de confusão inicial, um contingente da BM se posicionou na direção do viaduto Otávio Rocha.

A Tropa de Choque ficou na esquina oposta. Além de dois carros de som e algumas tendas, os servidores tentavam se abrigar do forte calor em meio às árvores da Praça da Matriz. Os sindicatos também distribuíam copos d’água.

A maior das caminhadas saiu do Largo Glênio Peres, subiu a Borges de Medeiros, entrou na Jerônimo Coelho e acessou a Praça da Matriz. Durante todo o trajeto, os servidores gritavam palavras de ordem contra o pacote que pretende extinguir 11 órgãos estaduais e demitir mais de mil trabalhadores. O parcelamento dos salários também foi alvo dos manifestantes.

O segundo protesto saiu da avenida Alberto Bins, passou pelo túnel da Conceição, pela Ufrgs e se uniu ao terceiro, que teve como concentração na frente do Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga. Este grupo entrou na avenida João Pessoa, seguiu pela avenida Senador Salgado Filho, Borges de Medeiros, Jerônimo Coelho e acessou a praça da Matriz.