Patrulha Maria da Penha capacita 106 policiais militares

Programa foi instalado em 27 municípios, com 977 policiais militares preparados para atuar
Programa foi instalado em 27 municípios, com 977 policiais militares preparados para atuar

Encerrou a 20ª edição do curso de Capacitação de Policiais Militares para compor a Patrulha Maria da Penha. Realizado na Academia de Policia Militar (APM), o curso formou quatro turmas, com carga horária de 30 horas cada uma, capacitando 106 policiais militares. Os temas abordados foram polícia comunitária, estatística da violência doméstica e familiar no Rio Grande do Sul, aspectos gerais sobre violência de gênero, a Lei Maria da Penha, como o Policial Militar deve acolher a mulher vítima de violência de gênero, a necessidade de escutá-la e de estabelecer uma relação de confiança.

Também foi debatida a melhor maneira de orientar o público alvo da patrulha e qual o momento mais adequado para que a mulher busque ajuda para que ela própria encontre a solução para o seu problema.

A patrulha Maria da Penha foi criada em outubro de 2012, no 19º Batalhão de Policia Militar, na Lomba do Pinheiro. Entre suas atribuições estão identificar os casos mais graves; fiscalizar o cumprimento das Medidas Protetivas de Urgência (MPU); orientar e esclarecer as dúvidas das vítimas; realizar rondas periódicas, atuando preventivamente; confeccionar certidões que integrarão os inquéritos e informar a vitima quando seu agressor é colocado em liberdade.

A atuação das Patrulhas prevê policiais militares capacitados; viaturas identificadas e acompanhamento das vítimas que encaminharam a solicitação das MPUs. Atualmente, a Patrulha Maria da Penha está instalada em 27 municípios do Rio Grande do Sul, com 977 policiais militares capacitados para atuar junto ao programa.

De acordo com a coordenadora técnica do programa, capitã Clarisse Heck, de janeiro a outubro de 2016 foram cadastradas 11.800 vítimas e realizadas 15.464 visitas de atendimento policial à mulher em situação de violência doméstica e familiar. “É necessário que seja estabelecida uma relação de confiança entre policial e vítima para o êxito da ação”, afirmou.

Jornal Agora