GAUCHA: “Precisamos olhar para a fronteira”, diz novo comandante-geral da BM (ÁUDIO)

Coronel Andreis afirma que drogas e armas pesadas entram no RS pela fronteira

O novo comandante-geral da Brigada Militar, coronel Andreis Dal’Lago, que assume o cargo na quarta-feira (25), defende que o governo federal deve ter mais atenção para a região da fronteira, por onde entram a maioria dos armamentos pesados e também drogas. Segundo o coronel, os criminosos estão cada vez mais armados, inclusive com fuzis que são adquiridos em outros países.

“A atuação em Porto Alegre no combate a homicídios é importante, é necessário, estamos fazendo, mas precisamos olhar para a fronteira. O governo federal precisa olhar para a fronteira, é ali onde entra o binômio de sangue, que eu digo, que é arma e droga”, explica o oficial.

Somente em 2016, mais de 2 mil PMs saíram da corporação, entre aposentadorias, desligamentos e demissões. Ainda no primeiro semestre de 2017, 1.060 policiais militares e 260 bombeiros que estão em formação devem estar nas ruas. O efetivo deve ser alocado principalmente no eixo entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, que concentra até 80% da criminalidade do Estado.

Apesar disso, o comandante-geral demonstra preocupação com a criminalidade chegando ao interior do Rio Grande do Sul, principalmente em assaltos a agências bancárias com reféns e cordões humanos. Andreis cita a falta de efetivo e alto número de rotas de fugas, principalmente na Serra e Planalto, para o aumento desse tipo de crime.

Bases móveis comunitárias

De acordo com o coronel, a Brigada Militar deve atuar em três eixos: atendimento das ocorrências via 190, repressão qualificada (como a Operação Avante), e na prevenção de crimes através do policiamento ostensivo. No entanto, com o baixo efetivo, considera que a prevenção fica em segundo plano.

Por isso, aposta na utilização das bases móveis comunitárias, como forma de garantir maior presença da BM e do Estado em áreas conflagradas. “O Estado precisa ir para esses locais, para potencializar as comunidades, instrumentá-las com programas sociais”.

GAÚCHA