Dos 800 cavalos usados atualmente pela BM no estado, aproximadamente 500 devem ser vendidos. Em nota, o comando afirma que é preciso “padronizar” a raça usada pelos policiais, substituindo os animais mais velhos. Além dos “aspectos técnicos”, a corporação destaca a redução de custos e afirma que a decisão não traz prejuízos para a segurança pública.
A maioria dos animais deve ser encaminhada para uma fazenda em Santa Maria, usada para a reprodução de equinos pela Brigada Militar. Neste local, eles vão ser avaliados e selecionados para venda em leilões ou serão doados a instituições assistenciais.
Cada cavalo custa ao governo do estado cerca de R$ 2,6 mil por ano, somente com alimentação. Santa Maria é uma das cidades que vai permanecer com o policiamento montado e já começou a receber animais de outros municípios.
“No nosso comando, Santiago tem 17 cavalos e dificilmente temos usado eles. Se olharmos nos últimos meses e anos até, dificilmente usamos por falta de efetivo. São 17 e quando muito usamos dois ou três”, diz o tenente coronel Ricardo Alex Hofmann, comandante regional da Brigada Militar.
Além de Santa Maria, as outras cidades que devem continuar usando os animais em suas ações são Porto Alegre, Santana do Livramento, Caxias do Sul e Passo Fundo, que tem um dos maiores pelotões de cavalos do Rio Grande do Sul. Atualmente, o município do Norte do estado tem 66 cavalos, sendo que 26 devem ser leiloadas. O restante será mantido pela BM.
“Não vai atrapalhar o policiamento. O policiamento ostensivo montado continua. Além do que permanecem 40 animais, que dentro do nosso policiamento ostensivo está muito bom”, comenta o comandante da Brigada Militar de Passo Fundo, major Paulo César de Carvalho.
Em Pelotas, no Sul do estado, não há mais cavalos nas ruas há um mês. Os animais já foram enviados para Santa Maria.