Álvaro de Medeiros é comandante do CRPO VRS
Ele ingressou na Brigada Militar em 1985 e já atuou em 28 setores operacionais. A carreira militar foi desenvolvida essencialmente no Vale do Taquari, onde foi de comandante de Pelotão a comandante regional. Também acumulou experiência no Estado-Maior da Brigada Militar e no Gabinete do Comandante-Geral da BM. O desafio agora é ser o comandante em Novo Hamburgo e outros 15 municípios. O coronel Álvaro Medeiros acredita em “um trabalho exitoso, especialmente contando com a qualidade e dedicação que estou encontrando nos militares aqui lotados”, como ele mesmo define.
Que principais desafios o senhor acredita que encontrará no Comando Regional?
Coronel Álvaro de Medeiros – Creio que o principal desafio a ser enfrentado é aquele com que se depara o Estado em geral, ou seja, a realidade de uma severa limitação de recursos, determinada por uma histórica realidade, não decorrente de um Comando ou de um governo, que precisa ser – como o veem – enfrentada com muita responsabilidade na gestão. As Corporações, todas, e entre elas as polícias, precisam conduzir sua aplicação com métodos, baseado em dados objetivos, projetando e perseguindo resultados possíveis e desejados. Este Comando Regional tem obtido excelentes resultados nessa gestão e continuará a obtê-los.
O roubo de veículos tem sido frequente na região. Haverá alguma medida contra este tipo de crime?
Medeiros – Este delito, embora efetivamente frequente na região, registrou, para o primeiro trimestre deste ano, incluindo a primeira quinzena deste mês, no Vale do Rio dos Sinos, uma leve queda, de 2,77% em relação aos valores de referência, constituído da tendência dos últimos dez anos, para este fato, neste período, à qual é aplicada uma meta de redução. Esse controle não pode sugerir acomodação: não está bom assim e esse processo envolve não somente a polícia militar.
Haverá também algum incremento ou novidade em relação à Operação Avante na região?
Medeiros – A Operação Avante é percebida pela população, essencialmente, pela presença policial militar nas ruas. Esta é, porém, apenas a exteriorização de uma ferramenta de gestão que dá caráter e método científico à profissão policial militar. A Operação Avante se baseia na tabulação e análise do comportamento de crimes determinados, no estabelecimento de linhas de tendência e na fixação de metas razoáveis e realistas de redução, para, a partir de uma minuciosa análise dos padrões de comportamento criminal, permitir o entendimento dos fatos que estão ocorrendo. Haverá, sim, incremento na Operação Avante.
O assalto a pedestres também tem sido um dos crimes que mais assustam os moradores da região. Existe algum esforço contra este crime?
Medeiros – O roubo a pedestres é um dos fatos criminais que recebem maior grau de atenção em nosso comando e merecem, igualmente, maior preocupação nos estudos e nas ações decorrentes da ferramenta e da Operação Avante. A medida que tomamos é a permanente análise de dados, de forma a permitir identificar as circunstâncias desse crime.
A BM mantém parceria com as Guardas Municipais do Vale do Sinos?
Medeiros – Segurança Pública é um sistema e as Guardas Municipais o integram. Há duas semanas no Comando do CRPO, confesso que não tive oportunidade de estar junto às guardas, assim como há muitos outros operadores desse sistema com quem devo interagir. Devo dizer que o Vale do Rio dos Sinos não é algo que se domine em uma semana, mas chegaremos lá, e chegaremos muito rapidamente lá.
Qual é hoje o efetivo das 16 cidades do CRPO VRS?
Medeiros – O efetivo existente, hoje, é de 778 policiais militares. Há variações na disponibilidade, em razão de afastamentos de diversas naturezas, tais como férias, licenças, assim como há o reforço de fundamental relevância, disponibilizado pelo Comando Geral da BM, através de, por exemplo, o efetivo alocado à Operação Avante, ou pelo aporte de horas extras.