G1RS: Policiamento é prejudicado por viaturas paradas há meses com presos no RS

Na Delegacia de Pronto Atendimento de Canoas, que recebe presos de cinco cidades, viaturas está paradas há quatro meses, e são usadas como celas.

Por Estevão Pires, RBS TV

A superlotação dos presídios prejudica o policiamento em cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre. Em alguns casos, viaturas chegam a estar paradas há quatro meses abrigando presos na Delegacia de Pronto Atendimento de Canoas.

Três dias depois da inauguração de mais vagas para o Presídio de Canoas, pouco mudou na Delegacia de Canoas, que recebe presos de vindos de cinco cidades, e onde durante a madrugada era possível perceber os gritos dos presos dentro das viaturas.

Presído de Canoas teve mais de 100 vagas inauguradas nesta semana (Foto: Reprodução/RBS TV)Presído de Canoas teve mais de 100 vagas inauguradas nesta semana (Foto: Reprodução/RBS TV)

Presído de Canoas teve mais de 100 vagas inauguradas nesta semana (Foto: Reprodução/RBS TV)

As viaturas paradas na delegacia refletem diretamente no policiamento. Na cidade de Eldorado do Sul a polícia militar possui apenas duas viaturas, mas uma delas está parada há quatro meses abrigando presos. Situação semelhante se verifica nos veículos da polícia da cidade de Esteio.

Além das viaturas paradas, a falta de vagas em presídios tira também policiais do patrulhamento. Durante a madrugada desta sexta-feira (14) oito policiais que deveriam estar nas ruas estavam guardando presos.

Uma das duas viaturas de Eldorado do Sul parada há quatro meses na delegacia (Foto: Reprodução/RBS TV)Uma das duas viaturas de Eldorado do Sul parada há quatro meses na delegacia (Foto: Reprodução/RBS TV)

Uma das duas viaturas de Eldorado do Sul parada há quatro meses na delegacia (Foto: Reprodução/RBS TV)

De acordo com a polícia, a abertura de vagas no novo Presídio de Canoas ainda não teve muitos reflexos, pelo menos na Delegacia de Pronto Atendimento da cidade.

Isso porque o Presídio de Canoas só recebe presos provisórios, que ainda não possuem passagens por penitenciárias, e que não tem vinculação com facções criminosas.

No entanto, a situação conflita com a realidade dos presos que chegam a delegacia de Canoas. Isso porque por volta das 4h, os 72 presos abrigados na delegacia eram mais que a capacidade de presídios do interior do estado.

Vinte estavam nas celas, 52 no centro de triagem, quatro domingo em uma sala e oito dentro das viaturas.

Após visitar a delegacia durante a madrugada, a RBS TV não conseguiu contato com a Brigada Militar para falar sobre os problemas encontrados.