Bebê de seis dias é salva por policiais após engasgar com leite em Frederico Westphalen

Policiais militares salvaram bebê que se afogava com leite materno
Brigada Militar / Divulgação

Menina recebeu alta e já está em casa com familiares

Policiais militares salvaram a vida de um bebê de seis dias que se engasgou com leite em Frederico Westphalen, no norte do Rio Grande do Sul. A menina já está em casa com familiares depois de ter sido levada pela viatura até o hospital.

A mãe ligou para a Brigada Militar por volta das 11h desta sexta-feira (9) afirmando que a filha recém-nascida haviam se engasgado com leite e que estava roxa, sem respirar. Chegando à residência, um dos policiais fez a desobstrução das vias aéreas e iniciou massagem cardiorrespiratória. A criança foi levada ao hospital, onde foi reanimada, e passou a ser atendida por médicos.

— Geralmente, quem faz este tipo de atendimento é o Samu, mas, pelo desespero da mãe, vimos que a situação era grave e prestamos socorro. Os policiais viram que não tinha como esperar. Verificamos pelo GPS que o tempo de atendimento, desde onde estava a guarnição até o hospital, passando pela casa da mãe, não chegou a cinco minutos — relata o comandante do 37º Batalhão de Polícia Militar, major Alexandre Pereira.

Os policiais podem prestar este tipo de atendimento por ter treinamento de primeiros socorros e pré-hospitalar. O sargento Fernando Bolsoni, que atendeu a ocorrência, conta que nunca tinha passado por algo semelhante em 25 anos de serviço:

— Quando chegamos, a avó da criança foi até a rua e disse que a criança já estava roxa. Dentro da casa, vimos que a menina já não tinha sinais vitais. Eu achei que a gente não ia conseguir. Fomos fazendo todo o atendimento à menina dentro da viatura e, no carro, ela vomitou e voltou a respirar. Foi um alívio — detalha.

Depois que a criança foi atendida no hospital, os PMs voltaram à casa da família junto com a avó e deixaram a criança com a mãe:

— A mãe ficou muito feliz. É emocionante ver uma criança daquele tamanho. Eu achei que não ia dar. Na cidade, todo mundo está nos cumprimentando, nos dando parabéns. As pessoas valorizam. Não é comum. Para nós, que recebemos sempre muitas críticas, é legal. Para a autoestima, faz muito bem. Foi difícil, mas conseguimos — comemora o sargento.

Também participaram do atendimento da ocorrência os soldados Fábio Kuwiatz e Lucineia Froner.

— A comunidade mandou vários agradecimentos. O retorno de uma ocorrência dessas não tem dinheiro que pague. É para isso que a gente trabalha — diz o comandante Alexandre Pereira.

ZERO HORA