Ideia de alterar carreira dos servidores deixa ABAMF em alerta

A ABAMF está atenta as ações do governo gaúcho que dizem respeito diretamente a vida dos servidores estaduais do RS. A notícia de que o governador pretende mexer na carreira dos servidores, incluindo os militares estaduais, causa preocupação nas representações brigadianas.

Para o presidente em exercício da ABAMF, Solis Paim, já há uma incerteza com relação a reforma da Previdência e agora a desconfiança sobre o que poderá mudar na carreira. “Os brigadianos lutaram e lutam muito pela valorização e por formas de ascensão na carreira. Esperamos que o atual governo não haja como o governo anterior, quando os salários baixos e médios foram os mais atingidos pelas medidas governamentais”.
A verdade é que os militares estaduais ainda lutam pela valorização da carreira. O discurso do governo soa mal, pois ao mesmo tempo revela que a margem para corte de gastos é muito estreita, porque quase todas as despesas estão vinculadas a leis que não podem sofrer mudanças imediatas.
Na cerimônia de posse do novo subcomandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Carlos Alberto Prado de Andrade, e do novo chefe do Estado-Maior (EMBM), coronel Marcus Vinicius Sousa Dutra, dia 16 de janeiro, o governador Eduardo Leite declarou que toda e qualquer mudança, se houver, não acontecerá sem prévia discussão com as entidades de classe.
A ABAMF estará pronta para sentar a mesa de debate e mostrar o lado que muitos profissionais de gabinete desconhecem: o perigo de garantir a segurança da população nas ruas,diariamente, com o risco da própria vida, as aflições financeiras que causam descontrole emocional tanto no serviço quanto em casa; o risco de virar alvo de marginais pelo simples fato de ser policial, entre outros fatores que diferenciam a profissão.
Os brigadianos confiam que o atual ocupante do Palácio Piratini saberá valorizar a segurança pública. É notória as dificuldades financeiras que enfrenta o RS, mas já está provado que a solução não é sacrificar os servidores do Executivo ou algumas carreiras, que não são as detentoras dos mais altos salários. Um plano de carreira que torne a profissão atraente e exija curso superior para o ingresso na Corporação, é uma luta histórica da categoria.