Eduardo Leite discutirá o tema com deputados estaduais na próxima segunda-feira
GAUCHAZH
O plano gestado no governo Eduardo Leite (PSDB) para alterar carreiras de servidores estaduais incluirá nova rodada de conversa com sindicatos que representam o funcionalismo no Rio Grande do Sul. Esta nova etapa só será realizada após a reunião com deputados estaduais convocada para a próxima segunda-feira (7), conforme adiantado pela colunista Rosane de Oliveira, em GaúchaZH. O tema é polêmico e tratado com extremo cuidado pela equipe do governador e seus secretários da área econômica. Procurado, o Piratini se limitou a dizer que a apresentação de segunda incluirá uma imersão nos “temas do Estado e dos servidores”.
A coluna apurou, no entanto, que a discussão que ocorrerá nesta segunda não implicará uma definição ou desenho imediato do projeto a ser apresentado na Assembleia. Antes de ser levado a Legislativo formalmente, o governo gaúcho voltará a dialogar com representantes dos sindicatos, que historicamente rejeitam alterações nas carreiras profissionais. Isso significa que o Piratini seguirá aberto ao diálogo para eventuais alterações, negociando com os servidores diretamente atingidos.
— Apresentaremos a eles tudo antes de formalizar a proposta na Assembleia — afirmou à coluna um técnico do Executivo que preferiu não se identificar.
Reunião com deputados
Conforme informou a colunista Rosane de Oliveira, os deputados da base aliada do governo receberam do Palácio Piratini um pedido de reserva de agenda na segunda-feira, das 9h às 16h, para encontro com o governador. Como ninguém se reúne com deputados por sete horas para tratar de irrelevâncias, o “save the date” é um sinal de que serão, finalmente, apresentados os projetos que alteram carreiras de servidores públicos e que vêm sendo discutidos internamente desde o início do governo.
Leite começará a segunda-feira tomando café da manhã com representantes de empresas de comunicação. O convite também menciona “projetos estratégicos” do estado como pauta do encontro.
O procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, confirmou que os projetos fazem parte do plano a ser apresentado ao governo federal para adesão do Rio Grande do Sul ao regime de recuperação fiscal, sem a venda do Banrisul. O Piratini não precisa esperar pela aprovação para apresentar o plano à Secretaria do Tesouro Nacional.