A morte de policiais militares em serviço no Brasil é uma tragédia que afeta profundamente a sociedade. Esses profissionais enfrentam diariamente situações de extremo risco, muitas vezes em áreas de alta criminalidade, o que aumenta a probabilidade de confrontos violentos. Em 2023, por exemplo, 119 policiais militares foram mortos em serviço, um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior. Esses números refletem a periculosidade inerente à profissão e a necessidade de medidas mais eficazes de proteção e segurança para esses agentes.
As características das mortes de policiais militares geralmente envolvem confrontos diretos com criminosos, emboscadas e, em alguns casos, ataques premeditados. A exposição constante ao perigo não se limita apenas ao horário de trabalho; muitos policiais também são alvos em seus momentos de folga, devido ao reconhecimento por parte de criminosos. Esse cenário cria um ambiente de medo e insegurança não só para os policiais, mas também para suas famílias, que vivem sob a constante ameaça de perder um ente querido.
A influência dessas mortes na sociedade é significativa. A perda de policiais militares pode enfraquecer a sensação de segurança pública e aumentar a desconfiança da população em relação à eficácia das forças de segurança. A sociedade, portanto, sofre com a perda de profissionais treinados e com o aumento da violência e da insegurança.
O amparo aos familiares dos policiais mortos em serviço é uma questão crucial. Muitas vezes, as famílias recebem apoio financeiro e psicológico, mas esse suporte pode ser insuficiente para lidar com a perda e o trauma. Programas de assistência social e psicológica são essenciais para ajudar essas famílias a reconstruírem suas vidas após a tragédia. No entanto, a eficácia desses programas varia significativamente entre os estados e municípios, o que pode deixar algumas famílias desamparadas.
Aqui no RS nesta semana estamos vivenciando uma cena trágica, de dois policiais que tombaram em serviço, exercendo o seu dever de proteger a sociedade gaúcha. Ao se solidarizar com essas famílias, viemos aqui demonstrar para a nossa população, como ações em prol do servidor da segurança pública, atingem a todos nós, e devem ser implantadas em defesa de todos, pois somos um elo de uma corrente em defesa da vida e dos direitos do cidadão, e quando um desses elos é quebrado toda uma estrutura social é atingida.
Neste aspecto salientamos que é necessário o Governador valorizar de forma justa e também não retirar direitos, dos profissionais que cumprem seu juramento diariamente em todos os recantos do território do Rio Grande do Sul, mesmo com sacrifício da própria vida.
Em resumo, a morte de policiais militares em serviço é um problema complexo que afeta não apenas as famílias dos policiais, mas toda a sociedade. É necessário um esforço conjunto entre governo, forças de segurança e sociedade civil para criar estratégias mais eficazes de proteção aos policiais e de apoio às suas famílias.
Somente assim será possível reduzir a violência e garantir um ambiente mais seguro para todos.
DIONATAS SOUZA
Diretor Geral ABAMF/BM/BM/RS
Fontes:
https://montecastelo.org/mortalidade-policial/
https://www.scielo.br/j/csp/a/Mv8nPJ5DtPxMLNcJnwZ9rjq/
https://fontesegura.forumseguranca.org.br/morte-de-policiais-numeros-que-retratam-caminhos-muito-mal-elaborados-de-nossa-sociedade/
https://montecastelo.org/mortalidadepolicial2024/
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-10/mortes-cometidas-por-policiais-em-servico-aumentam-785-em-sao-paulo