

A sensação de insegurança, segundo especialistas, está relacionada a várias razões, entre elas o número reduzido de policiais nas ruas
Conforme o chefe de pista, Eliezer Alves da Silva, 28 anos, os clientes que estavam acostumados a completar o tanque no caminho do trabalho, antes das 6 horas, não acreditam que o posto esteja fechado neste horário.
“No penúltimo assalto, que aconteceu às 6 horas, o ‘guri’ chegou com uma arma e esfaqueou nosso funcionário porque não havia dinheiro. Depois, foi pra cima de um cliente, que se trancou no caminhão, e ficou batendo com a faca no vidro”, conta. O assaltante ainda tentou ferir um segundo frentista em quatro oportunidades. No último ataque, o criminoso chegou de carro e disparou com arma de fogo quatro vezes contra as pessoas que estavam no local. Por sorte, ninguém se feriu.

Daniel de Oliveira, taxista há quatro anos, já pensou em abandonar a profissão
Agora, taxista só aceita pedidos por telefone
Sem levar celular para escola
A industriária Erli Nunes, 38 anos, tem uma filha de 15 anos. Apesar de nunca ter sido vítima de assalto ou de outro tipo de crime, teme pela segurança da filha. “Eu não deixo mais ela levar o celular para o colégio para evitar de ficar andando na rua com o telefone na mão”, conta. Ela diz que vizinhos e um irmão tiveram os veículos roubados em plena luz do dia. Segundo Erli, ela evita caminhar sozinha pela rua. “Não tem como se sentir segura. Olha o que está acontecendo”, desabafa.

Usuários e profissionais de ônibus também enfrentam o medo de assaltos
Temor ronda quem trabalha em ônibus