Há cinco dias de encerrar o mandato, governador chamou 650 aprovados em concurso
O chamamento de mais 650 policiais civis aprovados em concurso por parte do governo Tarso Genro – há menos de uma semana de encerrar o mandato – não repercute bem entre os futuros gestores do Piratini. Ainda que prefiram não se manifestar oficialmente, nomes do primeiro escalão do governo Sartori entendem que essa é mais uma medida de Tarso que, tomada após o resultado eleitoral, prejudica a futura gestão. O argumento crucial é o impacto nas contas públicas, já apontadas como “em situação crítica”.
Já Tarso deu três motivos para defender a convocação dos aprovados. Em primeiro lugar, pela confirmação da permanência do delegado Guilherme Wondracek como chefe de Polícia para 2015. O segundo motivo é a garantia de que o caixa do Estado vai ter condições financeiras de arcar com o impacto dessas novas nomeações. O terceiro, segundo o petista, é de que esses servidores dão sequência à politica de investimentos do Estado na valorização salarial e na redução dos déficits históricos de efetivos da Polícia.
Em meio a divergências políticas, o atual chefe de Polícia do Estado, Guilherme Wondracek, que vai continuar na gestão de José Ivo Sartori, prefere não se manifestar. Os 700 aprovados na primeira leva já concluíram a formação na Acadepol e, neste mês, receberam uniformes, armas e munição.
Categoria festeja
Por outro lado, para os próprios policiais civil, é momento de comemoração. Após seguidos protestos exigindo a convocação dos excedentes, o Ugeirm Sindicato, que representa escrivães, inspetores e investigadores, valorizou a ação de Tarso Genro. O presidente da entidade, policial Isaac Ortiz, lembrou que é grande o déficit de recursos humanos na Polícia Civil e que aumentando a quantidade de profissionais, cresce também a segurança da população.
Ouça abaixo manifestação de Isaac Ortiz: