ABAMF DOS SERVIDORES DA BRIGADA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO RS

Home Política Em final de gestão na AL, Brum responsabiliza ‘manifestantes truculentos’ por galerias vazias

Em final de gestão na AL, Brum responsabiliza ‘manifestantes truculentos’ por galerias vazias

0
Em final de gestão na AL, Brum responsabiliza ‘manifestantes truculentos’ por galerias vazias

20160129-jornal-sul21-0090cf290116-01Prestes a deixar a presidência da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Edson Brum (PMDB) apresentou, no final da manhã desta sexta-feira (29), o relatório de sua gestão à frente do Legislativo. No dia 3 de fevereiro, ele passa o cargo para a deputada Silvana Covatti (PP). Entre as ações, uma das mais destacadas por Brum foi a economia de R$ 85 milhões, dado que aliás está estampado em um banner na frente da Assembleia. Isso foi possível, conforme o parlamentar, devido à revisão de todos os contratos da Casa e à desistência de construir o anexo do Legislativo.

A gestão, segundo Brum, fecha o ano com R$ 93 milhões em caixa, R$ 33 milhões a mais do que o valor recebido por ele, em fevereiro de 2015. Ao mesmo tempo que fez economia, a Assembleia pagou nesta sexta-feira R$ 10 milhões de atrasados da URV a funcionários do Legislativo, somando um total de R$ 28 milhões com essas despesas em 2015. “Isso deveria ser pago há seis ou sete anos, aqui decisão se cumpre”, justificou o presidente do Legislativo, sobre a determinação judicial. Ele acrescentou que várias gestões, ainda, pagarão por muitos anos esses atrasados. No ano passado, informou o chefe do Legislativo, foi também doado R$ 1,5 milhão ao fundo da Defesa Civil para comprar telha, ajudando na reconstrução das casas atingidas por temporais, ocorridos nos meses de setembro e outubro.

Sob o comando de Brum, foram realizadas 110 sessões ordinárias e quatro extraordinárias e analisadas 275 proposições. No período em que presidiu a Assembleia, o peemedebista afirmou que sempre procurou o diálogo, “mesmo nos momentos mais difíceis”, referindo-se, especialmente, ao dia 15 de setembro, quando servidores barraram a entrada de funcionários e deputados ao Legislativo devido aos projetos polêmicos do governo José Ivo Sartori (PMDB) que estavam na pauta e afetavam a categoria. “A gente não deixou de dialogar, fomos ao extremo”, defendeu o deputado.

Forte aparato policial impede entrada de servidores na Assembleia | Foto: Guilherme Santos/ Sul21

Por mais de uma vez, um forte aparato policial impediu entrada de servidores na Assembleia, decisão do presidente que foi contestada| Foto: Guilherme Santos/ Sul21

Entretanto, Brum solicitou um forte aparato policial na frente do Legislativo no dia seguinte – 16 de setembro – e as propostas foram votadas com as galerias vazias. “Nós não fechamos a Casa em nenhum momento. Ninguém representa mais a sociedade gaúcha do que os 55 parlamentares”, argumentou o presidente da Assembleia. A proibição de público nas galerias, justificou o peemedebista, foi necessária para “a proteção dos servidores e dos deputados” “devido à truculência” dos manifestantes que estavam na Praça da Matriz. “Nada foi feito às escondidas”, afirmou ele, referindo-se à cobertura da sessão pela imprensa, que “teve livre acesso”.

Já em outros momentos, o presidente restringiu o acesso da população ao Legislativo e na sessão extraordinária do dia 28 de dezembro, novamente um forte aparato policial foi solicitado para fazer a segurança na frente do Parlamento, apesar do protesto pacífico dos servidores na Praça da Matriz, que ficaram separados do Legislativo por gradis e pela barreira de policiais.

Alfinetada em Janot

Brum também foi questionado sobre o parecer do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) no Supremo Tribunal Federal (STF), movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) gaúcha para barrar a aposentadoria especial dos deputados aprovada em 2014. No parecer, Janot avaliou que o benefício “fere a moralidade.” “Isso é o posicionamento dele, não do STF”, respondeu o presidente do Legislativo. Brum aproveitou, ainda, para dar uma alfinetada no procurador, enfatizando que, se era para tratar sobre “imoralidade”, então poderia falar “de outras coisas, inclusive o uso do cargo político dele (Janot).”

Gastos da gestão de Brum em 2015 comparado com 2014

Serviços                                                Despesas                        Percentual de economia

Publicidade institucional                R$ 6,27 milhões                        21,40%

Serviços gráficos                               R$ 3,18 milhões                             8,18%

Diárias                                                R$ 3,14 milhões                              5,69%

Estagiários                                        R$ 1,11 milhão                                69,11%

Combustíveis                                    R$ 1,48 milhão                              14,15%

Periódicos                                          R$ 376,9 mil                                   23,34%

Telefonia                                            R$ 852 mil                                          8,70%

Correspondência                              R$ 1,19 milhão                             21,52%

Gêneros para a alimentação          R$ 94,2 mil                                      37,71%

Premiações/conderações               R$ 52,4 mil                                       55,03%

Apresentações artísticas                R$ 52,7 mil                                       72,29%

SUL21